quarta-feira, 30 de maio de 2012

III Triatlo Longo de Aveiro

Apenas três semanas após o Longo de Lisboa, chegava a altura de repetir a distância. Foram três semanas de manutenção, com os primeiros dias de recuperação, algum volume pelo meio e novos dias de descanso pré-prova. O objetivo seria melhorar em todos os sectores, arriscando um pouco mais em cada um deles. Não seria fácil no ciclismo, já que teria de percorrer mais 3,5km (90km em Aveiro e 86,5 em Lisboa), o que a média de 30km/h dá 7 minutos.

Natação
O objetivo era baixar bastante o tempo de Lisboa. Os 38 minutos souberam a pouco e podia ter arriscado bem mais. Voltei a usar a técnica de pôr o relógio a vibrar a cada 9 minutos e, desse modo, tentar sair da água aos 36 minutos, o que seria excelente.
 No entanto, o início começou com bastante confusão, já que a partida era bastante estreita para os bem mais de 200 nadadores que tinham-se enfiado naquela água de 19ºC às 8 da manhã. Tive que lutar muito para manter um ritmo contínuo até à primeira viragem. Depois, nova curva de regresso e um pouco mais espaço. Nessa altura toca o alarme dos 9 minutos e já tinha passado meia volta, por isso tudo controlado. Consegui manter bem a técnica procurando puxar bem a água para trás e enviando o corpo para a frente, e os 18 minutos passaram já uns bons metros após o final da primeira volta. Os únicos problemas foram de orientação, via mal as boias e volta e meia quando me entusiasmava nas braçadas acordava já longe do percurso ideal. A vibração aos 27 minutos já foi bem além do meio da segunda volta e naquela altura sabia que se nada de especial me acontecesse teria um tempo muito bom. Por acaso aconteceu algo de especial, a touca saiu-me da cabeça, ainda a agarrei e fiz os últimos metros com ela na mão. Nada que me prejudicasse por aí além.
Só coloquei a mão no relógio quando ia a meio do percurso a pé até ao parque de transição, por isso não sei bem o tempo que fiz. Sei que foi inferior aos 35:32 cronometrados pela federação já fora de água e aos 35:57 marcados no Garmin. Curiosamente, aumentei 1 braçada por minuto de média em relação a Lisboa, mas os ganhos foram maiores, já que tirei 2:30 ao tempo do Parque das Nações. O tempo foi o 134º em 214 nadadores, algo inédito até hoje. Fiz inclusive uma melhor média aos 100m (1:52) do que em Alpiarça (e todos os outros triatlos em que participei, à excepção de Quarteira), onde nadava menos de metade da distância.


1ª Transição
Também aqui ganhei tempo. Após os 3:35 em Lisboa, quis acelerar mais, fazendo uma transição digna de um triatlo sprint. Desta vez 2:34 oficiais e 2:20 no Garmin. 

Ciclismo
Uma vez mais, sem nenhuma cabra de contra-relógio, nem sequer uns extensorzinhos ou um capacete aerodinâmico para ajudar. Foi outra vez à curioso e, como é óbvio, andei  algum tempo a vê-los passar. Gosto da ideia de ser proibido andar na roda e pude manter sempre o meu ritmo, constante, sem me importar por terceiros. Na realidade mantive várias companhias mas que funcionavam como iô-iô. Iam para a frente, ficavam para trás e por aí adiante. Só no final arranjei um companheiro certinho com quem andei sempre a cumprir as regras.
Desta vez fui vendo alguns comboios, o mais impressionante foi o TGV Salamanca - Aveiro (Não sabia que já existia) que passou por mim a grande velocidade. Resisti sempre à tentação das rodas embora tenha sido um pouco prejudicado.
Eu achava que ia mais ou menos constante em cada sentido,  com quebras sempre que fazia o percurso Norte-Sul por causa do vento. Tentei sempre manter as pulsações entre 150bpm e 160bpm e controlava as velocidades médias a cada 5km. O resultado foi bastante aceitável para as minhas expectativas. Em apenas 5 dos 18 troços andei acima dos 10 minutos, ou seja, abaixo dos 30 km/h (todos eles contra o vento) e a média final ficou obviamente acima (30,6 km/h). Quanto à nutrição, em equipa que ganha não se mexe e voltei a optar pelas três saquetas de gel distribuídas pelo percurso.
Embora tenha feito um tempo ligeiramente superior ao de Lisboa, ou seja, 2:56:18 contra 2:55:52, o facto de ser um percurso com mais 3,5 km faz com que a média tenha sido superior, mas também num percurso mais fácil. Uma coisa era certa, ia para esta transição mais cedo e mais fresco do que em Lisboa. O lugar não foi nada de especial, 181º em 214.



2ª Transição
Desta vez acabei por optar por uma barra e por beber bastante, tendo demorado 2:05, cerca de 50 segundos abaixo do que fiz em Lisboa. Optei por comer uma barra e pegar num gel para a meia-maratona

Corrida



Foto gentilmente roubada ao Desafios do Hugo

Quando saí do parque da transição olhei para a meta e vi 3h36m, ou seja, se fizesse uma corrida igual à de Lisboa faria um tempo na casa das 5h30m batendo o meu recorde. Era para isso que ali estava, e se possível para baixar essa fasquia e ficar com um tempo Like a Boss.
Pois bem, estava cheio de força e mesmo olhando para o relógio e vendo as pulsações lá em cima, estava confortável, e  deixei-me ir.
Quando passa o 1º km e vejo 4:41. Uau, estou fortíssimo!
Passa o 2ºkm 4:44. Sou mesmo forte, mas é melhor acalmar um bocado.
3º km: 5:03. É melhor acelerar.
4º km: 4:59. Já está melhor, mas sinto algum cansaço.
5º km: 5:05. É pá, isto não era um triatlo sprint?
6º km: 5:09. Ainda faltam 15??
7º,8º e 9º km: 5:23 a 5:25 Já passou um terço, se mantiver a média até aqui vou bem.
10º km: 5:29. Já só falta metade, ou melhor, ainda falta metade.
11º km: 5:35. Ui, que isto está mau.
12º km: 5:49. Ai que isto vai ser um martírio.
13º km: 5:51. Ainda faltam oito? Já fui
14º km: 5:51. Isto é que vai ser sofrimento.
15º km: 5:45. Olha o Rui Pena, vou andar um bocado mais depressa para o apanhar.
16º km: 5:54. Agora o que faço? Já não há referências.
17º km: 5:45. Uma volta ainda? Que martírio.
18º km: 5:55. Não consigo pensar
19º km: 5:57. Brrrrrr.
20º km: 6:32. Começo a andar a pé até o Rui Pena me acordar.
21º km: 6:13. Sou um zombie que vai chegar à meta.


E foi esta a história, armei-me em fino e passei metade da corrida a sofrer e com tempos miseráveis. Acabei por fazer mais três minutos que em Lisboa e por deitar por terra todas as possibilidades de bater o recorde. 1:57:44, o que constitui o pior parcial (188º). Se tivesse cabeça, as coisas teriam corrido muito bem, assim aprendi.


Conclusão
A minha intenção foi sempre de  melhorar Lisboa, mas acabei por ser traído pela minha impetuosidade no início da corrida. Quando acabei a natação e a bicicleta sentia-me ainda mais fresco que em Lisboa, mas o excesso de ganância resultou numa segunda parte da meia-maratona muito má.
Acabei em 183º em 233 com o tempo global 5:34:14. Eu sei que foram apenas mais 1:50 do que tinha feito em Lisboa três semanas antes. Também sei que o percurso de ciclismo tinha mais 3,5km que se percorrem em bem mais do que 1:50. Mas soube a pouco. Soube a pouco porque sofri bastante mais na corrida e sobretudo porque não bati o tempo anterior quando tinha todas as hipóteses de o fazer.
Continuo  gostar imenso dos triatlos longos e também adorei esta prova. Um lugar óptimo para triatlos, com um percurso de ciclismo estrondoso (onde adoro treinar também) mas com uma corrida algo desmoralizante já que não há ninguém no quartel e 5 voltas parece-me demasiado. Mesmo assim, embora menos entusiasmante que o de Lisboa, este triatlo tem um preço excelente para o nível de organização que tem. Esperemos que não desapareça do calendário, se tudo correr bem para o ano estou cá batidinho.
Os triatlos longos interessam-me porque puxam pela cabeça. É preciso ser inteligente e conhecer o corpo. Ter capacidade de decisão suficiente para saber quando comer e quando acelerar ou diminuir a velocidade. Foi um erro de apreciação no início que deitou por terra um novo recorde. Mas novos triatlos virão.
Agora os objectivos estão colocados nos Olímpicos de Lisboa e Aveiro. Depois de uma primeira fase da época em que me preocupei com a resistência está na altura de melhorar na velocidade. Já há muito tempo que não dou um salto na corrida.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Lisboa International Triathlon (5ª Parte)

Conclusão


 

Para uma estreia foi muito bom. Não atingi o Objetivo Like a Boss, mas o Extraordinário ficou muito bem. Ao todo 5:33:24 correspondentes ao 244º lugar entre 378 que partiram para a prova. No meu escalão, 30-34, fiquei em 56º em 75 à chegada.
Diverti-me imenso, foi a seguir a Pontevedra o triatlo onde me diverti mais. Neste caso a distância ajudou bastante. Ao contrário dos Sprints e dos Olímpicos, aqui tem que se usar mais a cabeça, pensar quando comer, quando beber e que ritmo imprimir. E o sofrimento acaba por não ser tanto.
Gostei muito dos 90km de ciclismo, mesmo sendo o meu pior sector, gerir o ímpeto, escolher a toma do gel, e tentar subir controladamente.
Uma prova e uma distância a repetir.

Após a competição
Fiquei cansado, claro. Mas não estava extenuado como na Maratona. Não sofri, apenas me doíam as pernas. Fui às massagens, que ajudaram só que estas ficaram incompletas (apenas fiquei de barriga para baixo), por isso enquanto os gémeos e as costas ficaram ótimos, os quadríceps continuaram em mau estado. Depois, nada melhor que uma francesinha, apesar de estar em Lisboa. Um triatleta também tem direito às suas asneiras. E pronto, dois dias depois já estava a nadar novamente, embora em ritmo de recuperação.

A Prova


Como é habitual nas provas da FTP, a organização era top e acredito não ser nada fácil cortar uma via com perfil de auto-estrada durante tanto tempo. Estava tudo ainda melhor do que nas provas comuns, mais voluntários (embora alguns fossem mais voluntariosos a colecionar bebidas energéticas), mais massagistas, melhores abastecimentos, muita comida, locais para descansar no final e sempre um atendimento muito humano de quem sabe o que o triatleta precisa.
Sinto é que o percurso de corrida podia ser melhor, tanto ao nível da proteção de corredores como do próprio piso por onde se passa. Por exemplo, o passadiço junto ao oceanário não tinha o trânsito pedonal cortado e por vezes surgiam encontros de primeiro grau com crianças de bicicleta ou cãezinhos. Também fiquei com a sensação que era possível cortar caminho sem que ninguém se apercebesse, muito embora não tivesse visto ninguém com essa intenção nem ninguém a andar na roda no ciclismo (O Fair Play desta vez imperou). Também chamo à atenção o facto de estar inicialmente previsto fazer o check in nos dias anteriores (era suposto a transição ser na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, mas tal não foi possível, o que motivou algumas alterações na minha logística. Paciência!
São apenas dois apontamentos, na verdade fiquei com imensa vontade de voltar a este triatlo no próximo ano, esperando que esteja novamente integrado no calendário nacional e com o apoio na inscrição que existia anteriormente.
Foi muito bom conviver com atletas estrangeiros e só tenho pena de não ter visto muitos colegas que vou encontrando durante as provas nacionais.


Agradecimentos



Eu sei que isto não foi nenhum feito, apenas uma prova, mas tendo atingido um objetivo importante desta época com sucesso, não queria deixar de agradecer a quem me deu força para estas mais de cinco horas e meia de prova.
O Clube Fluvial Vilacondense, o meu clube, que me proporciona excelentes condições de treino e de participação nas provas (incluindo na inscrição neste triatlo). Incluo também os meus colegas de equipa, sobretudo o João Lima, que me foram ajudando bastante antes e durante a prova.

À FTP e organização desta prova, por conseguirem manter um triatlo de topo no nosso país.

O pessoal da FADEUP, treinadores e atletas, onde treinei durante quase dois anos e que permitiram um crescimento sustentado enquanto triatleta.
O Adriano Niz, que pemitiu que desse um grande salto este ano em termos de natação e que por certo terá seguimento nos próximos tempos.
Todos os amigos, que nem consigo enumerar que me deram força nas vésperas desta prova através de mails, SMS, mensagens no facebook, telefonemas e tudo mais.
Aos colegas em prova, que me foram dando dicas sobre como abordar o percurso.
Ao Filipe Varandas, que me ajudou imenso na corrida e que me aturou durante 3 voltas.
Ao Jorge Carneiro, com quem mantive uma competição salutar até esta prova e que me obriga a melhorar tal como eu o obrigo. Desta vez ganhei eu pá!
Ao Gil, que quase acordou às seis da manhã para me ir ver!
Last, but not the least, Leonor que acordou às 7 para me ir ver à natação (era dos poucos malucos que estavam ali aquela hora) e que durante 5:33:24 esteve sempre presente a dar-me força. Está cada vez melhor fotógrafa, como se pode ver.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Lisboa International Triathlon (4ª Parte)

Corrida









Quando olhei pela primeira vez para o monitor de frequência cardíaca assustei-me um pouco, pois já andava perto dos 170bpm. Nessa altura, apesar de me sentir bem, procurei baixar um pouco o ritmo, mas mesmo assim mantinha-me acima dos 160. Mas, apesar de tudo estava confortável e via-me a aguentar assim o resto da prova, por isso não valia a pena reduzir anda mais.  E o primeiro quilómetro foi logo surpreendente, 5:07, claramente acima das expectativas.
Melhor que isso só ter uma boa companhia e ela surgiu logo a seguir, o Filipe Varandas, que apanhei no ciclismo mas que vinha um pouco mais rápido. Optei por ir com ele num ritmo que também era cómodo para mim e assim pude desfrutar daqueles quilómetros com companhia e conversa.


No início de cada volta, sentia mais dificuldades a aguentar o seu ritmo e nos finais, parecia ser ele a ter que me seguir. De qualquer forma, um ia puxando pelo outro e conseguimos certamente melhores resultados do que fazendo todo o percurso sozinho. Para além disso, como já tinha feito vários triatlos nessa distância ia-me dando conselhos.
Na primeira volta andámos geralmente entre os 5:00/km e os 5:10/km, na segunda já fizemos parciais mais altos, até um máximo de 5:25 e na terceira já estivemos perto do 5:30.
Apesar do ritmo diminuir, não me sentia a sofrer, era algum cansaço que se ia acumulando mas longe de ser uma quebra. E o Varandas bem me disse que a terceira volta era a mais importante, pois já havia cansaço e a meta ainda não estava à vista. Controlámos o ritmo bem e, a minha outra referência, o Jorge Carneiro mantinha-se mais ou menos à mesma distância. Sendo ele geralmente bem melhor que eu a correr, significava que eu estava bastante bem naquele segmento.


No final da terceira volta o Varandas teve que ir a um WC natural e disse para eu seguir a minha vida. E lá fui, sabendo que faltava pouco mais de 5km. Quando passo junto à meta na última volta vejo que estamos com 5h04m de corrida, ou seja, que ainda tinha algumas hipóteses de fazer abaixo das 5h30m e atingir um tempo Like a Boss. Foi nessa altura que decidi arriscar, aumentar o ritmo, aproximar a frequência cardíaca dos 180bpm e tentar fazer os 5 kms que faltavam perto dos 5:00/km.


Ainda consegui fazer um quilómetro em 5:11, mas a partir daí começaram a faltar pernas. Os meus músculos já não permitiam uma aventura tão grande. Acabei por pagar um pouco nos últimos dois quilómetros (5:56 e 5:50), mas nada de muito sofrimento, apenas deixei que a máquina ditasse o ritmo. No final, um tempo de 1:52:47, ou seja, um ritmo médio de 5:22, nada mau, para quem queria fazer duas horas. Aliás, nas 5 meias-maratonas que fiz este foi o 3º melhor resultado e em nenhuma das anteriores tinha pedalado 90km e nadado 1,9km antes. Foi o meu melhor sector (221º) mas muito próximo do nível da natação.


Lisboa International Triathlon (3ª Parte)


Ciclismo



Sabia, de tudo o que li e do que me disseram, que neste segmento teria que ter alguma calma. Se puxasse demasiado iria pagar na corrida, por isso, mais do que pensar na média de 30km/h, pensei nas pulsações. Apontar para um valor entre 70% e 80% e evitar passar os 85%. Claro que as percentagens são um pouco relativas, já que nunca fiz nenhum exame para ver qual a minha frequência cardíaca máxima, e ela situa-se um pouco acima da fórmula 220-idade. Por isso, apontei para algo entre os 140bpm e os 160bpm, já que nessa zona me sinto confortável e claramente abaixo do limiar anaeróbio.
Esse valor permitia-me rolar acima dos 30km/h nas zonas planas. No entanto, o percurso não era propriamente plano, com algum sobe e desce e uma subida junto ao retorno algo dura. Em muitas zonas sentia-se vento lateral e, no regresso ele apresentava-se de frente. Não era, por isso, um percurso propício a manter a mesma cadência, mas também assim tem mais piada, e exige muito mais o uso da cabeça (mas não da mesma forma que usei com o Vasco).
Logo ao início fui apanhado pelo Jorge Carneiro. É certo que gostamos de competir um com o outro, mas ali a coisa era diferença e companhia para o resto da prova era muito melhor do que pedalar sozinho. Andamos algum tempo lado a lado, cumprindo as regras, e fizemos a primeira subida juntos. Confesso que fiquei algo surpreendido e, embora tenha feito essa subida na pedaleira grande, percebi que nas outras voltas teria que ir com mais calma e levantar um pouco o pé (no sentido figurado, porque levantar e baixar pés foi o que mais fiz naqueles 90km). Foi o único local onde subi até aos 180bpm.
No regresso desci sem medos (era um auto-estrada) e nas zonas mais planas o Jorge começava a ficar para trás, ainda tentei puxar por ele, mas quis seguir no seu ritmo e fez bem. Mesmo com a subida, a média mantinha-se algo acima dos 30 km/h, mas a maior surpresa surgiu no retorno. Para uma média de 30km/h devia passar aos 45 minutos, mas passei aos 42:30, ou seja, a ganhar 2:30. Não sei o que estará correcto, mas no final de cada volta o meu GPS marcava menos um quilómetro do que o suposto, pelo que a distância final marcada foi de 86,51 km e não os 90km prometidos.
Quando me cruzo pelo Jorge já tinha ganho uns bons 2 minutos e percebo que vou ter alguns companheiros de circunstância. Nunca se formou nenhum grupo, nem ninguém andou na roda, mas lá à frente via ciclistas que ganhavam ou perdiam tempo em função da dificuldade do percurso.
Volta e meia era ultrapassado pelos Ferraris que pontuavam este segmento. É certo que a minha bicicleta comprada ao Boavista com quadro em carbono e sistemas Dura Ace não é má de todo, mas quando era passado por aviões de contra-relógio percebi que nestas provas o dinheiro pode fazer alguma diferença.
Quanto à alimentação, não tinha grandes objetivos, ia decidir na hora o que melhor fazer, já que não há grande literatura na net sobre nutrição em triatlos com estas distâncias. Levava três embalagens de gel na bicicleta e tinha deixado outras três na transição. Prefiro o gel às barras, já que não tenho que mastigar e os que uso têm um sabor que me agrada (embora não tenha testado muitos).

Então, a opção foi a seguinte:

1º Gel: Primeira volta após a subida
2º Gel: Terceira volta antes da subida
3º Gel: Quarta volta antes da subida

Confesso que tive alguns sintomas de fome na segunda volta, mas geri bem o esforço para ter gel nos momentos mais preciosos (não quebrar no final do ciclismo). Nessa altura optei pela bebida energética que levava no bidão. Quanto às bebidas, levei dois bidões, um com água e outro com bebida energética e chegaram perfeitamente, não precisando de utilizar o abastecimento da organização.
Não quis exagerar no gel pois, segundo o que está escrito no rótulo, só aconselhavam a tomar 4 por dia, e não iria gastar todos no ciclismo, portanto três chegaram para ter um pouco de fome em certas alturas (talvez devesse reforçar o pequeno-almoço) mas nunca aquela sensação de fraqueza.
Com o passar dos quilómetros e com as subidas a moerem-me um pouco, fui diminuindo o ritmo, mantendo a pulsação. Conseguia andar mais depressa mas o pensamento estava na corrida e não queria desgastar-me demasiado.
No entanto, na última volta, uma fita autocolante ficou presa no quadro a bater na roda e fazendo algum barulho. Nessa altura abrandei e demorei alguns minutos a perceber o que era. Quando percebi, decidi que deveria parar no cimo da subida para retirá-la sem perder ritmo, só que, logo depois, uma nova fita autocolante prende-se, desta vez na roda da frente e tive mesmo que parar ali, na base da subida para me ver livre dos objetos estranhos. Foi algum tempo perdido (cerca de 50 segundos) e, sobretudo, o terminar abrupto de um ritmo que vinha mantendo desde o último retorno.
Os últimos troços de 5km já foram abaixo dos 30km/h e a média total no GPS ficou-se pelos 29,5 km/h, para os tais 86,5 km. O tempo final foi 2:55:52, bem abaixo das três horas, mas a classificação (262º) revela que este foi o meu pior segmento.



2ª Transição

A 2ª Transição já foi mais rápida, mas sem perder o espírito. Nada de muitas acelerações e tempo para baixar os batimentos cardíacos. Ainda pude beber um pouco de água, tomar um gel e seguir para a prova. Desta vez, com meias calçadas.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Lisboa International Triathlon (2ª Parte)

Natação (1900m)



 
Às 8 da manhã a água está fria. Numa prova de mais de 5 horas, há muito tempo para aquecer. Por isso, não me pus a nadar antes do tempo e fiz exercícios de aquecimento fora de água. Talvez não tenha sido a opção ideal mas foi o que achei melhor naquela altura.
Com quase 400 nadadores (contando com o Vasco), esta foi provavelmente a prova com mais mamíferos dentro de água em que participei, e isso sentiu-se um pouco, apesar de todos circularem a uma velocidade inferior ao habitual.
No início senti bastantes encontrões e, na primeira vez que contornamos o oceanário, o  nadador que se encontrava no meu lado direito em lugar de pôr a mão na água a cada braçada ia batendo na minha cabeça. Ainda bem que ao fim de uns dez socos lá nos separámos e cada um seguiu o seu caminho.
Pus o meu relógio a vibrar a cada 9 minutos (9 por ser 36 a dividir por 4 e 36 seria um tempo Like a Boss) e a coisa estava controlada. Primeira vibração mais ou menos a meio do percurso, segunda vibração quase no final da primeira volta, terceira vibração novamente perto de metade do percurso, mas um pouco antes.
Foi logo a seguir que dei de caras, literalmente com o Vasco, a mascote do oceanário.


O Vasco encontrava-se a meio do percurso, e quando ia a nadar, não olhei para a frente e dei uma valente cabeçada no miúdo. Eu até vi estrelas, mas o Vasco ficou na mesma, quieto, como se estivesse preso ao fundo do cais. Parei um pouco, descolei os óculos da cara e voltei a nadar. Neste último troço também senti algumas dores musculares no braço direito. Ainda não percebi a razão, já que não fiz nenhuma caminhada a fazer o pino. Quanto muito foi de arrastar malas e bicicletas de um lado para o outro.


No final desorientei-me um bocado e tive que corrigir a trajetória para apanhar a última bóia. Talvez esta segunda volta não tenha sido tão rápida mas o tempo global foi aceitável, dentro do que tinha previsto. Obviamente que depois dos 13:33 em Quarteira alimentava a esperança de andar a menos de 2min/100m, mas a poupança, o trânsito e o Vasco impediram-me. O tempo de 38:08 na saída da água fica para a minha História. Foi o 227º tempo entre 378 nadadores, nada mau.



1ª Transição

Tudo nas calmas, literalmente . Não saí da água a correr desalmadamente, preocupei-me em tirar a parte de cima do fato e só depois comecei a correr devagar, até porque o chão magoava-me os pés (por baixo do tapete eram paralelos). No meu posto, tirei o resto do fato nas calmas, bebi um pouco de água para tirar o sal da boca e peguei calmamente na bicicleta para começar o sector seguinte. Com esta calma toda, consegui baixar as pulsações para um ritmo aceitável, em vez de começar um novo esforço com o coração lá em cima, e isso foi fundamental. O tempo total foi bastante 3:35 mas, além de refletir a calma, reflete 400m entre a linha de água e o local de saída. O registo está aqui.

Lisboa International Triathlon (1ª Parte)

Em vez de um mega post, decidi dividir isto em fascículos diários. Hoje vou começar pelo pré-prova. Depois seguir-se-ão os diferentes sectores e, por fim, o pós-prova.

Antes da Prova
Esta foi a primeira grande prova da temporada. Desde Dezembro do ano passado que comecei a fazer treinos específicos para me iniciar na distância Half-Ironman (1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21km de corrida).
Os objetivos estavam traçados:

1º Objetivo: Acabar (Bom)
2º Objetivo: Menos de 6 horas (Muito Bom)
3º Objetivo: Menos de 5h50m (Excelente)
4º Objetivo: Menos de 5h40m (Extraordinário)
5º Objetivo: Menos de 5h30m (Like a Boss)

Portanto, acima de tudo controlar, manter-me na zona de conforto (como me lembrou e bem o Pedro Pinheiro no início da prova), ou seja entre os 70% e os 80% da frequência cardíaca máxima. Era esse o principal objetivo até ao final da terceira volta de corrida. Se me sentisse bem, arriscaria um pouco mais na última volta do último segmento. Claro que também tinha os meus tempos de referência, mas isso era apenas para dizer à família mais ou menos a que hora devia chegar e não objetivos primordiais. Estes tempos seriam:

38 minutos de natação
3:00 de ciclismo
2:00 de corrida
5:00 para ambas as transições.

Isto daria à volta de 5:45 (um pouco menos), ou seja, um tempo excelente.

A semana da prova:
Trabalhei no dia 25 de Abril e passei esse feriado para esta segunda-feira, assim, com três dias de férias fiquei com uma semana inteira para descansar, fazer as coisas com calma e, quem sabe, treinar natação e corrida no local da prova. Segui para Lisboa na terça-feira, também com o intuito de fazer algum turismo, já que as minhas passagens pela capital são sempre muito fugazes.
Não se pode dizer que tenha descansado muito nesses dias. Confesso que sou um turista que gosta de ver tudo e mais alguma coisa e, só na quarta-feira andamos mais de 20km a pé, segundo o meu Garmin (coitada da Leonor), ou seja, uma meia-maratona já estava nas pernas.


Find more in Lisbon

Claro que ao fim do dia estávamos de rastos e no dia seguinte, apesar de não ter sido uma dose semelhante, também caminhámos imenso na zona de Belém, do Palácio à Torre, mais o pára-arranca nos Jerónimos, Museu Berardo, Museu dos Coches e na Torre. O que vale é que aqueles dois pastéis quentinhos deram a energia suficiente para me manter vivo.
Com tanto treino de caminhada, era melhor esquecer a corrida, mas na véspera fui com o Emanuel Matos, do meu clube, dar uma volta ao percurso de natação. Tudo muito nas calmas, para desfrutar algo que não sentiria na prova. À tarde, nova caminhada pelo Oceanário, onde pude conhecer pessoalmente o Vasco, a mascote lá do estabelecimento.

 

Ou seja, pouco descanso, e por minha culpa. Ok, também um pouco de culpa da criançada da Pousada de Juventude que chegou às duas da manhã aos berros na noite de quinta para sexta.

O dia da prova
Prova às 8:00 significa despertador às 5:50. Sim, porque convém comer bem e fazer a digestão antes da prova iniciar. Comer bem, ou melhor. Uma sande de pão integral com queijo, uns mini-croissants, água e bebida energética. Nada de especial, mas o mínimo para me sentir bem. Seguiu-se o pedalar até ao local de partida.
Infelizmente, ao contrário do previsto, a transição não foi no Pavilhão Atlântico mas na rua, por isso tivemos que preparar tudo no próprio dia. Apesar disso, como estava perto e independente do carro, fiz tudo nas calmas e ainda pude sentar-me a descansar as pernas das caminhadas anteriores e falar com a malta porreira que costumo encontrar nas provas de triatlo.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Semana de 16 a 22 de Abril

Esta foi a última com algum volume e intensidade antes da grande prova. Foram 10:37:22 de treino em 8 sessões (3 Natação, 3 de corrida, 1 de ciclismo e um joguinho de futsal). A partir de agora vou começar a baixar volume e intensidade até ao dia 5 de Maio.

Segunda-Feira: Natação (400 aquecimento + 8x100 (Pernas, técnica, braços, técnica) + 8x50 (rápido + lento) + Parte Principal (8x100)) e Futsal (50')
Terça-Feira: Corrida 21,1 km em 1:55:22 a 5:28/km
Quarta-Feira: Natação (200 + 6x100 (Pr + TT) + 6x50 (Rápido + Lento) + PP (6x200) + 4x50 (Rápido + Lento) + 100 Calmo)).
Quinta-Feira: Corrida (Séries 7x1000 na Pista)
Sexta-Feira: Dia de descanso
Sábado: Natação Piscina de 20m (600 Aquecimento + 6x100 Aumentar respiração + Parte Principal (1200m) + 200 Calmo)
Domingo: Ciclismo (65 km a 23,7km/h) e transição para corrida (6km a 5:24/km)

Treino em destaque:
Meia maratona junto ao mar, com muito vento de frente e, devido às obras, alguns troços de trail para animar. Fiz a um ritmo confortável mas mesmo assim melhor que as minhas duas primeiras Meias oficiais. Posso ir claramente mais rápido mas também não era a altura. Mas se em Lisboa andar assim, já será um bom tempo.



quinta-feira, 19 de abril de 2012

Semana de 9 a 15 de Abril

Esta semana comecei a baixar o volume (era suposto manter mas não consegui por fortes dores de cabeça na quarta-feira) e a subir um pouco a intensidade, já só faltam três semanas para o Longo de Lisboa.

2ª Feira: Descanso
3ª Feira: Natação na Granja, Água Salgada 1,5km  (600 Aquecimento + 400 técnica + 100 Pernas + 2x200m + 100m Interrompido por dores de cabeça) + Corrida 17 km a 5:27/km
4ª Feira: As dores de cabeça ficaram mais fortes de manhã e decidir parar por poderem estar relacionadas com o treino. Passaram ao longo do dia e fiquei sem saber a sua origem.
5ª Feira: Ciclismo lento com uma subida 3ª Categoria a puxar pela intensidade 17km em 51:57 e
Natação em Vila do Conde 1925m (400m (50 Forte + 150 Normal) + 4x100 (pernas+braços) + 50 rápido + 50 lento + 5x200 + 25 arrefecimento)
6ª Feira Natação na Granja (300 Aquecimento 9+ 800+ 600 + 100 Recuperação
Sábado: Séries 5x1000 em percurso urbano
Domingo: Ciclismo em percurso sobe e desce 59km em 2:23:02 e muiiiiito vento + Transição + Corrida 1:15 (13km)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Treinos

Tenho só escrito posts sobre provas, mas acho que está na altura de falar no que tenho treinado. O objectivo desta primeir ametade da época será o longo de Lisboa, procurande estender a forma até ao longo de Aveiro. Mais tarde dedicarme-ei aos olímpicos de Aveiro e Lisboa acabando a época com a Maratona do Porto.
 Geralmente faço 3 treinos de natação por semana e 2/3 de corrida e 1/2 de ciclismo. Em Março estes foram os resultados (incluindo triatlos):

33:14:22 de Treino
302,19 km percorridos.

Natação:
14 Treinos
13:00:47
27,91 km

Ciclismo:
5 Treinos
6:47:08
156,48 km

Corrida:

14 Treinos
11:33:30
117,46 km

Outros:

2 jogos de futsal à 2ª
1:50:00


 Semana de 2 a 8 de Abril:
 

2ª Feira: Descanso após prova de Quarteira
3ª Feira: Natação na Granja de Água Salgada 3.100m (600 Aquecimento + 200 Técnica + 800m + 100 Pernas + 600m + 100 Técnica + 400m + 50 Braços + 200m + 50m Arrefecimento) e Corrida a 5:25/Km no Parque da Cidade
4ª Feira: Natação em Mindelo 25m 3.450m (Aquecimento: 6x150 Progressiva + 200 pernas + 100 braços + 25m; Parte Principal: 2x1000; Arrefecimento: 225m)
5ª Feira: Descanso por ter arrancado siso.
6ª Feira: Idem aspas
Sábado: Natação em Vila do Conde 3.550m: (Aquecimento: 600m + 2x250 (técnica + normal + pernas + normal + braços) + 5x100 aumentando respiração + 8x50 progressivo; Parte Principal: 3x500; Arrefecimento:  100 Calmo).
Domingo: Ciclismo (Ida e volta a Viana 106km 3:53:36 a média de 27,3km/h), Ciclismo de ligação em BTT (6,16km) e transição para corrida (7,03km a 5:18/km)

Uma semana com muito volume apesar dos invulgares 3 dias de pausa. Aumentei um pouco a velocidade à corrida também, tendo em conta que não fiz séries. Destaco a viagem a Viana, já não fazia um treino tão longo de bicicleta há uns meses. A média é mais baixa devido a paragens na Póvoa e Vila do Conde e aos kms finais a subir em direcção a Vairão e com um pavé digno de Roubaix. Não consegui treinar a transição logo a seguir mas à tarde corri 7km a um bom ritmo tentando perceber se conseguiria fazer o triplo disso. As sensações foram boas.


Viagem a Viana:



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Triatlo de Quarteira - Prof. Carlos Gravata



Antes de começar este post, uma referência ao grande treinador Miguel Jourdan que morreu na madrugada de sábado para domingo ali a poucos metros do parque de transição e da meta. O mundo do triatlo não ficou pobre porque enriqueceu muito à sua custa. Quanto à minha prova, depois de uma agradável viagem até ao Algarve, com os meus colegas do CFV João Lima e Emanuel Matos e, sempre com o apoio moral e fotográfico da Leonor, começava uma prova que servia de preparação para o Longo de Lisboa mas também como desafio. O objetivo era mesmo bater o meu melhor tempo de triatlo sprint de Oeiras, no ano passado. No início encontrei o Luís, que se iniciava num triatlo deste tipo e a quem pude partilhar um pouco da minha reduzida experiência. Aliás, não foi o único, também lá estava o Joaquim Monteiro dos Galitos. A família continua a crescer.  

Natação



Mar calmo, um espelho de água. Partida da areia e mergulho no mar. Mais uma vez sem medos. Bastante confiante e apesar de alguns encontrões consegui fazer um ritmo confortável e uma respiração a três braçadas quase desde o início. O relógio vibrava-me a cada 4 minutos, e o facto de já estar quase na primeira boia quando vibrou pela primeira vez o que era sinal de bom tempo. Consegui dobrar essa boia surpreendentemente bem, mesmo feita totalmente por dentro e sem a habitual confusão. Deve ter sido um mero segundo Depois fui até à segunda boia mais acompanhado e contra a corrente. Tudo ok, e depois um novo regresso, desta vez com alguma ajuda das vagas. A poucos metros da praia a última vibração e a sensação de um tempo excelente. 13:33 no meu Garmin quando começo a caminhar na areia.

Ciclismo



Não vou fazer uma grande descrição da minha transição porque esqueci-me de carregar no botão lap quando saí do parque de transição, daí que o relógio tenha contado o segmento de ciclismo como a primeira transição (não é lá muito inteligente o rapaz), daí que não saiba bem quanto perdi a tirar o fato e afins e qual foi o meu tempo líquido no ciclismo. De qualquer forma, o resultado foi ótimo. Foi o melhor ciclismo de sempre num triatlo sprint, num percurso fácil mas com uma subida algo condicionante (cerca de 7,5% de média durante uns 500m). Depressa consegui formar um grupo de cerca de 5 ciclistas, alguns deles espanhóis e, embora também tenha passado pela frente várias vezes, pude resguardar-me. Fomos ultrapassando bastantes ciclistas e volta e meia, na subida ou descida perdíamos ou ganhávamos um ou outro elemento. E tudo estava bem, sem ninguém nos passar, até que a meio da segunda volta aparece o Emanuel Matos a levar um comboio atrás dele. Ainda aguentei quase uma volta na roda deles, mas depois acabei por fraquejar num retorno. Nessa altura o meu grupo tinha ficado estatelado pela estrada e acabei por fazer alguns quilómetros sozinho, em modo de recuperação para a corrida. No final 37:07 o que, mesmo contando com as duas transições, corresponde a uma média de 32,3 km/h. Se tiver demorado cerca de 2:30 em ambas as transições dá uma média muito perto dos 35 km/h. Em baixo o resultado do Garmin (que inclui grande parte das duas transições.

Corrida 



Entrei no último sector com confiança. Tinham passado 50 minutos desde o início da prova, os primeiros ainda estavam longe de chegar (algo habitual quando saía da transição) e o recorde estava mais que alcançável. Teria que andar a uma média próxima dos 5:30/km para não bater o meu melhor tempo, o grande objetivo para esta prova. Dei, obviamente o máximo que podia, mas o meu máximo nesta altura aos 5km não anda grande espingarda e circulei quase sempre a 4:30/km, acabando nuns exatos 22:30. Há que melhorar a corrida e reduzir o peso. Este inverno, para além de ter engordado um pouco (o habitual, mas tenho que abater) ganhei massa muscular nos braços com tanto treino da natação (antes a minha massa muscular devia estar próxima de zero). Estou por isso, uns 4 kg acima do desejável e isto tem um impacto maior na corrida. Mas tenho a certeza que mais para o verão estarei mais seco (espero o mesmo no triatlo de Lisboa). Não sei se vou fazer muitos mais sprints esta época mas gostava de ficar próximo dos 20:00. Por causa dos meus esquecimentos, o atletismo ficou dividido em 2 no Garmin:
Parte 1
Parte 2

Conclusão



Uma excelente prova, bom ambiente e muito público. Outra coisa que gostei muito foi de ouvir o meu nome várias vezes durante a prova (no ciclismo só reconheci a voz da Leonor, apesar de ter ouvido diversos gritos por mim), sinal que tenho feito amigos durante estes anos. Foi bom ver o pessoal dos treinos na FADEUP (onde não pude continuar a treinar por razões profissionais) que anda a ter excelentes resultados, e ainda parceiros de conversas e mesmo visitantes desta tasca. Acabou por ser uma ótima jornada com um recorde como corolário. Senti-me bem em toda a prova e tive muito prazer em competir. Nadar no mar é sempre mais agradável (e a água nem era muito fria), a bicicleta foi muito competitiva e em todos os sectores existis imenso público. Fica para a História o tempo de 1:13:18 e o 151º lugar entre 226 participantes à partida. A Leonor anda cada vez mais especialista em grandes reportagens fotográfica,s como se pode ver. O pensamento já está no Half-Ironman de Lisboa. Será que vou terminar?

terça-feira, 20 de março de 2012

Triatlo de Alpiarça


O primeiro triatlo da época é sempre um momento de grandes expectativas. Desde Outubro que não competia nesta modalidade, por isso existiam muitas dúvidas. As expectativas eram altas, já que tenho treinado afincadamente natação com a supervisão de um atleta olímpico, o Adriano Niz. Quanto aos restantes desportos, as coisas não evoluíram assim tanto. O meu novo emprego tem-me impedido de treinar ciclismo como queria (infelizmente ainda não encontrei forma de me deslocar para lá de bicicleta) mas tenho treinado normalmente corrida, muito embora ainda não esteja no pico de forma em termos de velocidade. Por isso, o principal objectivo era melhorar o tempo final do ano passado, mas atribuindo à natação particular importância.  

Natação

Quase 400 pessoas na partida, mas entrei bastante confiante. Não fui a medo, ultrapassei alguns nadadores e consegui imprimir um ritmo rápido e confortável. Não tive sensações de afogamento como noutros anos e no início consegui respirar de 3 em 3 braçadas. No regresso, o fôlego não era o mesmo e optei por respirar duas a duas. O percurso encontra-se aqui:


Como podem ver, acabei por nadar 800 metros (inclui erros de precisão e de navegação, obviamente), com 6:44 na primeira metade e 6:50 na segunda. De qualquer forma, e como o que queria nadar eram 750m, os 14:05 totais (melhor tempo de sempre) correspondem a um ritmo de 1:53, ou seja um grande progresso. Ainda no ano passado tinha feito 16:23, pelo que tirei mais de 2 minutos. Resta continuar a trabalhar para baixar mais. Estou no bom caminho! 203º este ano, quando fui o 310º o ano passado. Mais de cem lugares ganhos.  

1ª Transição

Uma transição aceitável, em 1:44. Tirei o fato, peguei na bicicleta e nenhum percalço. Aqui está ela no Garmin Connect.

Ciclismo

Sabia que tinha feito uma excelente natação e agora tinha uma boa oportunidade de encontrar um grupo forte no ciclismo e de voar neste sector. Mas não foi isso que aconteceu. O percurso não é à minha imagem, com muitas curvas e altos e baixos curtos. Sou mais um ciclista de fundo e estes arranques e percursos técnicos matam-me. Pela primeira vez fui perdendo lugares no ciclismo e neste sector acabei por fazer um lugar bem pior do que na natação 268º. De qualquer forma foi um resultado muito semelhante ao do ano passado.



O tempo nem terá sido tão mau assim (39:15 a uma média de 31 km/h), mas a sensação de ser ultrapassado no ciclismo por muita gente é bem estranha para mim. Terei que melhorar neste segmento para começar a encontrar bons grupos onde possa puxar e descansar. Talvez num percurso mais à minha imagem seja mais fácil.  


2ª Transição

Podia ser um pouco mais rápida, abaixo do minuto, mas foram os 1:13 possíveis. Ainda dá para tirar uns segundinhos.  

Corrida
 

Tentei dar o que podia, mas o percurso tem alguma areia o que faz diminuir a velocidade em algumas zonas. Consegui ganhar alguns lugares e perder outros, mas em média fiquei mais ou menos na mesma posição. Engatei um ritmo próximo dos 4:30 por quilómetro e nem me fui abaixo nem consegui melhorar.

4:32, 4:29, 4:39, 4:34 e, com um pequeno sprint, 4:21. Tirei cerca de 1:20 ao ano passado, mas já fiz melhor noutros percursos. 241º, ou seja melhor que no ciclismo e pior que a natação.  

Conclusão

 

Pela primeira vez fui melhor nadador do que ciclista e atleta. Isto demonstra que melhorei bastante na natação e estou num bom caminho, mas também que preciso de dar mais forte nas restantes para acompanhar esta evolução. A minha posição final 245º em 346 à partida foi um salto qualitativo, já não vi o pessoal que me acompanhava o ano passado, por exemplo. Em termos de tempos, 1:18:55 é um salto importante relativamente aos 1:22:02 do ano passado. É também o segundo melhor tempo de sempre, superado apenas pelo de Oeiras 2011, num percurso infinitamente mais fácil. Desta vez não dei grande luta ao Jorge Carneiro, fui melhor na natação mas não tive pernas para ele no ciclismo. Fica para a próxima. Quarteira é a senhora que se segue. Mais uma vez obrigado à Leonor pelo apoio e as excelentes fotos!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Nova época!

No próximo domingo começa uma nova época com o habitual Triatlo de Alpiarça. As expectativas são grandes, em particular na natação, onde tenho treinado bastante (muitas vezes dividido por três piscinas semanais. O último teste, sexta-feira na Granja teve bons resultados: 15:12 aos 800m.


Outra novidade está no facto de agora ser co-responsável pelo triatlo do CFV. Podem consultar o nosso blogue aqui e a nossa página no Facebook aqui.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Época 2011 - 2ª Parte

Triatlo do Ambiente - Oeiras
Já quase um mês depois da prova anterior. O mês em que treinei com afinco, dirigi-me a Oeiras já com o pensamento em Pontevedra. A equipa do CFV foi bem representada com 8 atletas (aliás, foi a única prova em que levámos carrinha) e o facto de termos dormido a uns 20 ou 30 metros da prova foi uma boa ajuda. Muito embora tive muitas dificuldades para adormecer nesse dia, acabando por dormir 2 horas ou algo do género.
Na natação tive alguns problemas de orientação, e acabei por perder algum tempo, que seria fatal para apanhar um bom grupo de ciclismo. Saí da água com 17:40 e fartei-me de ultrapassar ciclistas no fácil percurso pela Marginal de Oeiras. Nunca apanhei grandes grupos, mas volta e meia encontrava algumas boas parcerias. Fiz os 20km em 38:13, num tempo que inclui as transições, ou seja, a melhor média de sempre. A corrida não foi a melhor, mas também não foi propriamente má (21:59), pelo que terminei a prova com o meu record em triatlos sprint (1:17:53) e a 277ª posição em 406 participantes.

Triatlo de Pontevedra - Campeonato Europeu



A prova que mais prazer me deu e o recorde em triatlos olímpicos até esse dia. Para recordar aqui.

Triatlo de Aveiro





Na semana seguinte, mais uma boa prova. Já descrita.


Triatlo de Abrantes


Quando uma pessoa vai a uma prova, os seus resultados dependem do treino, mas também da atitude. Depois de dois triatlos olímpicos em apenas duas semanas, é normal que exista uma fase de descompressão, e também de menor carga de treino. Fui a Abrantes com pouca atitude, apenas para treinar. O que é que resultou: um resultado miserável, como seria de esperar.
A natação até foi boa (15:05), mas pior que no ano anterior. O ciclismo é que foi uma desgraça (48:45) e a corrida não lhe ficou atrás (24:53). O tempo de 1:28:43 leva a pensar que não vale a pena irmos a provas quando não estamos motivados para fazê-las. Pior que esta nos sprints só Coimbra.

Corrida do Bodo


Aproveitando as poucas provas existentes no Verão, a 30 de Julho decidi fazer os 10km do Bodo, em pombal, uma prova que consistia em subir e descer uma avenida três vezes, numa distância de 3.333,33333 metros por volta.
Não sendo uma prova com milhares de atletas, seria uma boa oportunidade de bater o meu recorde dos 10 km (apesar de ainda estar numa fase de descompressão) batido em Santo Tirso no ano anterior com 45:55. Decidi impor um andamento relativamente forte e ao fim de cada retorno podia controlar os tempos para fazer abaixo dos 45 minutos. Teria que passar a cada retorno a 7:30 e no final de cada volta a 15 minutos. No entanto, como se subia para um lado e descia-se para o outro, as coisas não eram bem assim. E, se nas duas primeiras voltas mantive um ritmo constante que me permitia baixar do objectivo, na última subida sofri um bocado e perdi algum tempo. Mas nada como uma bela descida em sprint para permitir terminar a prova em 44:48, mais de um minuto abaixo do recorde.
Foi também a primeira vez que fiquei à frente de um atleta de alta competição, internacional pelas selecções jovens. Claro que não estou a falar de nenhum atleta ou triatleta, antes de um futebolista e... guarda-redes. O Pedro Roma, que terminou em 45:22.
Podem ver a minha chegada (de azul) aos 3:25 deste vídeo e a do Pedro Roma, de branco, aos 4:00.



Triatlo de Lisboa


Em Setembro descrevi o Triatlo de Lisboa onde bati o meu recorde em Olímpicos mesmo com o pneu furado!


Triatlo Varzim Lazer
Para terminar a época de triatlos, a prova onde comecei as minhas aventuras estava de volta. Novamente na piscina da Póvoa, mas com um percurso de ciclismo maior e ligeiramente mais duro.
Fiz uma boa natação, abaixo dos 6 minutos e com bastantes nadadores ainda atrás de mim. A transição foi rápida e o ciclismo também, muito embora na volta final, o meu conta-quilómetros tenha dado um salto e fosse a bater nos raios uns 2km. A corrida também foi feita sempre no máximo. No final quase que me saíam os pulões pela boca. São distâncias curtas (300m + 10km + 2,5km) mas onde se vai sempre no máximo, quase em apneia. Sentia-me mais cansado do que na semana anterior em Lisboa, por exemplo.
Uma vez mais fiquei na primeira metade da tabela (38º em 94) e só não bati o record porque o percurso de ciclismo era mais longo. Mesmo assim 33:25 foram apenas mais 15 segundos que o melhor tempo.


Duatlo de Espinho
Era para ser triatlo, mas o mar obrigou a transformar-se em Duatlo. Apesar de algo desiludido por não fazer o meu primeito triatlo nas praias do Norte., um duatlo era uma prova à minha medida. Não iria forçar muito, porque uma semana depois tinha a Maratona do Porto. Mas iria divertir-me e com uma atitude muito diferente da que tivera em Abrantes.
Comecei com uma boa corrida, com um ritmo perto dos 4 min/km, tendo acabado o segmento em cerca de 21 minutos. Mas foi na bicicleta que tudo melhorou. Apesar de não pegar nela praticamente no último mês, senti-me numa força incrível, e a subir o empedrado estava nas minhas quintas. Passei imensos ciclistas e destrui alguns grupos, mesmo contra um vento algo forte de norte. A média foi bem acima dos 30 km/h.
Na última corrida fiz um forcing final para bater o meu recorde de Duatlo que já datava de... 2001. Passei dos 1:10:29 para os 1:09:45 tendo ficado 40º dos 72 duatletas à partida.

Maratona do Porto
A cereja no topo do bolo aqui.

Volta a Paranhos
Uma prova que sempre desejei participar mas que nunca tive oportunidade de fazer. Após um levantamento de dorsais longo e stressante, acabei por ver os meus cordões desapertados e o chip a saltar logo nos 2 primeiros quilómetros, perdendo aí cerca de dois minutos. Depois, forcei um pouco o ritmo para não ter um tempo vergonhoso. Acabei por terminar com um digno 48:05, que até poderia ter sido um recorde se apertasse bem os cordões e não perdesse mais de um minuto até à partida. Fiquei em 818º em 1615, ou seja, bem no meio da tabela.

São Silvestre do Porto
Para terminar uma S. Silvestre muito concorrida, onde demorei imenso a chegar à partida e só a meio de Santa Catarina pude correr à velocidade pretendida. Depois pude aproveitar o excelente novo percurso, ainda duro (mas bem menos), que permitia visitar outras zonas do centro da minha cidade. Todos ficaram agradados.
Acabei em 46:38 e, mais uma vez, se não fosse o trânsito seria um recorde. Aliás, o tempo líquido de 45:10 foi muito bom, tendo em conta que os 2 primeiros km foram feitos em quase 12 minutos. Ficará para o ano!

Conclusão
A época começou mal, com lesão, constipação e maus resultados, mas a partir de Junho tudo mudou. Bati os meus melhores tampos em 10km de corrida, Duatlo Sprint, Triatlo Sprint e Triatlo Olímpico, para além de me ter estreado na maratona. Pode não ter sido uma época regular, mas também foi muito focalizada nas provas mais importantes, onde superei os meus objectivos pessoais. Agora em 2012 irei apostar em distâncias maiores, tentando igualmente bater os tempos de 2011. O desafio está lançado. A estratégia? Uma maior aposta na natação, para depois apanhar bons grupos no ciclismo e começar a corrida mais à frente! As expectativas são boas, para já!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Época 2011 - 1ª Parte



Este ano acabei por não descrever todas as provas. Foi um ano particularmente difícil em termos profissionais, por isso acabei por me dedicar pouco aqui a blogue. Primeiro tive trabalho até mais não. Das 9 da manhã às 5... da manhã. Depois, como isso não é vida para ninguém e, para prémio ainda ia ver o meu salário diminuir, decidi ir-me embora. Daí que tenha dedicado também 8 meses a procurar novo emprego. Por tudo isso, passaram-se as provas e nada de crónicas. Como não faz muito sentido começar com longas descrições individuais do que fiz em 2011, vou avançar com uma síntese das provas em que participei.

Triatlo de Alpiarça

A primeira prova da época ocorreu, tal como em 2010, em Alpiarça. Recorde-se que no ano passado tinha saído da água bastante bem disposto, mas acabei por desistir aos 2km de ciclismo com um furo no pneu. O objectivo era fazer melhor, mas não era fácil, já que apanhei uma bruta constipação na semana anterior e as possibilidades de acabar afogado tinham aumentado.
Na natação fui nadando como podia, resguardei-me no início e acabei por apanhar bastante trânsito e por ter dificuldades em respirar o ar suficiente durante o resto da prova (os pulmões estavam cheios de espectoração). Acabei por fazer um tempo na natação semelhante ao ano passado. Ou seja, pouca evolução.
Na bicicleta, ao contrário do habitual não fiz uma grande prova, apesar do percurso ser bom para mim. O início da época e a constipação afectaram-me e não consegui render o que devia, não chegando a ganhar muitos lugares.
Por fim, na corrida parecia que não conseguia encher os pulmões de ar, por causa da expectoração e fiz um resultado pobre.

No final 1:22:02 e um 303º lugar em 378 participantes. Resultados aqui.






Duatlo de Famalicão
Seguiu-se o Duatlo de BTT de Famalicão, encarado como treino e como uma oportunidade de me divertir um pouco. Divertir, que é como quem diz, porque como se pode ver nas fotos, a minha cara demonstrava um ligeiríssimo pânico.


https://lh3.googleusercontent.com/_agDS8RTqxNQ/TY88saBOKGI/AAAAAAAAHTA/tgYLgoQQSRM/s720/Imagem%20951.jpg


https://lh5.googleusercontent.com/_agDS8RTqxNQ/TY9RqtTDh3I/AAAAAAAAHTI/o3Md7f9zmCc/s720/Imagem%20573.jpg

A chuva era muita e a onstipação ontinuava a afectar-me, mas apesar disso fiz uma boa primeira corrida (abaixo dos 20 minutos). Já na bicicleta a coisa não correu tão bem, tinha um percurso algo complicado em algumas partes e acabei por demorar cera de uma hora. No final, aguentei-me e fiz os 2,5 km de corrida em cerca de 12 minutos. O tempo final acabou por ser 2 minutos acima do duatlo BTT da Póvoa, no ano anterior, o único em que participei. Fiz 1:31:38, tendo ficado em 140º em 238 parcipantes. Nada de muito mau, mas também nada de extraordinário. Contou pela diversão e não pelo resultado.

Triatlo de Coimbra
De volta a Coimbra, para um dos meus triatlos favoritos, pensava estar já recuperado da constipação, mas afinal tive uma natação onde voltei a sentir problemas na respiração. Fiz um tempo mesmo medíocre a nadar: 17:12, algo nunca visto nas últimas duas épocas. Seguiu-se uma biicleta muito pouco conseguida 47 minutos, muito mau) e uma corrida acima dos 5 min/km. Enfim, o pior resultado desde 2009, quando me iniciei no triatlo. 1:29:59 e 227º em 298. Esta época continuava a ser para esquecer.



Duatlo de Perosinho
Continuando na senda dos maus resultados, no Duatlo de Perosinho joguei à defesa. A primeira corrida foi má e na bicicleta não arrisquei porque chovia copiosamente, mas sendo o percurso puxadinho acabei por ganhar alguns lugares. Na última transição, com os pés ensopados senti uma cãibra enorme que me prendia o dedo grande do pé. Estive prestes a desistir, mas depois já consegui voltar a pôr o dedo no sítio (devo ter perdido mais de 2 minutos). Para finalizar ainda me enganei no percurso e cheguei ao final muito para trás (36º em 50 duatletas) e com um tempo miserável de 1:30:13.

Triatlo de Montemor
Este foi o culminar de um início de época bastante fraquinho. Foi talvez por esta altura que atingi o meu peso máximo (80kg) neste ano e, não só por essa razão fiz uma prova deplorável. A natação até acabou por ser o melhorzito, com 35:07, sem fato e com alguma ondulação. 10 minutos abaixo do que tinha feito no Olímpico anterior. Seguiu-se um ciclismo plano em todo o percurso mas com uma parede lá para o meio e muito, mas mesmo muito vento (parecia uma praia do Minho em Agosto). 1:22:27 corresponde a uma média abaixo dos 30 km/h, por isso aquém das expectativas, sobretudo pela quebra final. Essa quebra estendeu-se para a corrida, demasiado monótona e também com muito vento. Foram os meus piores 10 km de sempre, tendo demorado 57:55. Acabei em 166º em 203 à partida, mas 180 no final. O tempo foi 2:58:21, também o pior de sempre.

Amanhã a 2ª Parte... Será que tudo irá melhorar?