quarta-feira, 9 de maio de 2012

Lisboa International Triathlon (4ª Parte)

Corrida









Quando olhei pela primeira vez para o monitor de frequência cardíaca assustei-me um pouco, pois já andava perto dos 170bpm. Nessa altura, apesar de me sentir bem, procurei baixar um pouco o ritmo, mas mesmo assim mantinha-me acima dos 160. Mas, apesar de tudo estava confortável e via-me a aguentar assim o resto da prova, por isso não valia a pena reduzir anda mais.  E o primeiro quilómetro foi logo surpreendente, 5:07, claramente acima das expectativas.
Melhor que isso só ter uma boa companhia e ela surgiu logo a seguir, o Filipe Varandas, que apanhei no ciclismo mas que vinha um pouco mais rápido. Optei por ir com ele num ritmo que também era cómodo para mim e assim pude desfrutar daqueles quilómetros com companhia e conversa.


No início de cada volta, sentia mais dificuldades a aguentar o seu ritmo e nos finais, parecia ser ele a ter que me seguir. De qualquer forma, um ia puxando pelo outro e conseguimos certamente melhores resultados do que fazendo todo o percurso sozinho. Para além disso, como já tinha feito vários triatlos nessa distância ia-me dando conselhos.
Na primeira volta andámos geralmente entre os 5:00/km e os 5:10/km, na segunda já fizemos parciais mais altos, até um máximo de 5:25 e na terceira já estivemos perto do 5:30.
Apesar do ritmo diminuir, não me sentia a sofrer, era algum cansaço que se ia acumulando mas longe de ser uma quebra. E o Varandas bem me disse que a terceira volta era a mais importante, pois já havia cansaço e a meta ainda não estava à vista. Controlámos o ritmo bem e, a minha outra referência, o Jorge Carneiro mantinha-se mais ou menos à mesma distância. Sendo ele geralmente bem melhor que eu a correr, significava que eu estava bastante bem naquele segmento.


No final da terceira volta o Varandas teve que ir a um WC natural e disse para eu seguir a minha vida. E lá fui, sabendo que faltava pouco mais de 5km. Quando passo junto à meta na última volta vejo que estamos com 5h04m de corrida, ou seja, que ainda tinha algumas hipóteses de fazer abaixo das 5h30m e atingir um tempo Like a Boss. Foi nessa altura que decidi arriscar, aumentar o ritmo, aproximar a frequência cardíaca dos 180bpm e tentar fazer os 5 kms que faltavam perto dos 5:00/km.


Ainda consegui fazer um quilómetro em 5:11, mas a partir daí começaram a faltar pernas. Os meus músculos já não permitiam uma aventura tão grande. Acabei por pagar um pouco nos últimos dois quilómetros (5:56 e 5:50), mas nada de muito sofrimento, apenas deixei que a máquina ditasse o ritmo. No final, um tempo de 1:52:47, ou seja, um ritmo médio de 5:22, nada mau, para quem queria fazer duas horas. Aliás, nas 5 meias-maratonas que fiz este foi o 3º melhor resultado e em nenhuma das anteriores tinha pedalado 90km e nadado 1,9km antes. Foi o meu melhor sector (221º) mas muito próximo do nível da natação.


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