quinta-feira, 10 de maio de 2012

Lisboa International Triathlon (5ª Parte)

Conclusão


 

Para uma estreia foi muito bom. Não atingi o Objetivo Like a Boss, mas o Extraordinário ficou muito bem. Ao todo 5:33:24 correspondentes ao 244º lugar entre 378 que partiram para a prova. No meu escalão, 30-34, fiquei em 56º em 75 à chegada.
Diverti-me imenso, foi a seguir a Pontevedra o triatlo onde me diverti mais. Neste caso a distância ajudou bastante. Ao contrário dos Sprints e dos Olímpicos, aqui tem que se usar mais a cabeça, pensar quando comer, quando beber e que ritmo imprimir. E o sofrimento acaba por não ser tanto.
Gostei muito dos 90km de ciclismo, mesmo sendo o meu pior sector, gerir o ímpeto, escolher a toma do gel, e tentar subir controladamente.
Uma prova e uma distância a repetir.

Após a competição
Fiquei cansado, claro. Mas não estava extenuado como na Maratona. Não sofri, apenas me doíam as pernas. Fui às massagens, que ajudaram só que estas ficaram incompletas (apenas fiquei de barriga para baixo), por isso enquanto os gémeos e as costas ficaram ótimos, os quadríceps continuaram em mau estado. Depois, nada melhor que uma francesinha, apesar de estar em Lisboa. Um triatleta também tem direito às suas asneiras. E pronto, dois dias depois já estava a nadar novamente, embora em ritmo de recuperação.

A Prova


Como é habitual nas provas da FTP, a organização era top e acredito não ser nada fácil cortar uma via com perfil de auto-estrada durante tanto tempo. Estava tudo ainda melhor do que nas provas comuns, mais voluntários (embora alguns fossem mais voluntariosos a colecionar bebidas energéticas), mais massagistas, melhores abastecimentos, muita comida, locais para descansar no final e sempre um atendimento muito humano de quem sabe o que o triatleta precisa.
Sinto é que o percurso de corrida podia ser melhor, tanto ao nível da proteção de corredores como do próprio piso por onde se passa. Por exemplo, o passadiço junto ao oceanário não tinha o trânsito pedonal cortado e por vezes surgiam encontros de primeiro grau com crianças de bicicleta ou cãezinhos. Também fiquei com a sensação que era possível cortar caminho sem que ninguém se apercebesse, muito embora não tivesse visto ninguém com essa intenção nem ninguém a andar na roda no ciclismo (O Fair Play desta vez imperou). Também chamo à atenção o facto de estar inicialmente previsto fazer o check in nos dias anteriores (era suposto a transição ser na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, mas tal não foi possível, o que motivou algumas alterações na minha logística. Paciência!
São apenas dois apontamentos, na verdade fiquei com imensa vontade de voltar a este triatlo no próximo ano, esperando que esteja novamente integrado no calendário nacional e com o apoio na inscrição que existia anteriormente.
Foi muito bom conviver com atletas estrangeiros e só tenho pena de não ter visto muitos colegas que vou encontrando durante as provas nacionais.


Agradecimentos



Eu sei que isto não foi nenhum feito, apenas uma prova, mas tendo atingido um objetivo importante desta época com sucesso, não queria deixar de agradecer a quem me deu força para estas mais de cinco horas e meia de prova.
O Clube Fluvial Vilacondense, o meu clube, que me proporciona excelentes condições de treino e de participação nas provas (incluindo na inscrição neste triatlo). Incluo também os meus colegas de equipa, sobretudo o João Lima, que me foram ajudando bastante antes e durante a prova.

À FTP e organização desta prova, por conseguirem manter um triatlo de topo no nosso país.

O pessoal da FADEUP, treinadores e atletas, onde treinei durante quase dois anos e que permitiram um crescimento sustentado enquanto triatleta.
O Adriano Niz, que pemitiu que desse um grande salto este ano em termos de natação e que por certo terá seguimento nos próximos tempos.
Todos os amigos, que nem consigo enumerar que me deram força nas vésperas desta prova através de mails, SMS, mensagens no facebook, telefonemas e tudo mais.
Aos colegas em prova, que me foram dando dicas sobre como abordar o percurso.
Ao Filipe Varandas, que me ajudou imenso na corrida e que me aturou durante 3 voltas.
Ao Jorge Carneiro, com quem mantive uma competição salutar até esta prova e que me obriga a melhorar tal como eu o obrigo. Desta vez ganhei eu pá!
Ao Gil, que quase acordou às seis da manhã para me ir ver!
Last, but not the least, Leonor que acordou às 7 para me ir ver à natação (era dos poucos malucos que estavam ali aquela hora) e que durante 5:33:24 esteve sempre presente a dar-me força. Está cada vez melhor fotógrafa, como se pode ver.

2 comentários:

MPaiva disse...

Sois grande, D. Miguel!

Parabéns por este feito e que se sigam outros...

bjs
Miguel

Hugo Gomes disse...

Parabéns Miguel, o primeiro HIM é sempre de comemorar.
Venham outros que agora a experiência permitirá certamente outros voos.
Quanto à pouca participação nacional esse é um assunto que já foi bastante discutido mas com esse valor de inscrição é natural...
Um abraço!