sexta-feira, 6 de junho de 2014

PRUHealth World Triathlon London - Open Race

Publicado em conjunto com o Ponte sobre o Rio Cam





O meu segundo triatlo do ano em terras britânicas foi em grande. No dia seguinte a todas as grandes estrelas da modalidade terem feito uma prova memorável terminada ao Sprint com Mário Mola a vencer e João Pereira em terceiro lugar, o Hyde Park abria-se a todos os triatletas.
Durante todo o dia, das 8 da manhã às 7 da tarde, partiam de 10 em 10 minutos séries de cerca de 80 triatletas dispostos a correr num percurso quase igual ao da prova de elite.
Toda a estrutura do Campeonato do Mundo estava montada. O pontão no Serpentine, os tapetes azuis, as bancadas, a maior feira de triatlo que já vi, as barreiras nas ruas interiores do parque, a zona VIP e o público (aposto que não saíram do lugar durante a noite toda à espera que eu partisse às 15:10.

Natação (750m):



Apenas com cerca de 80 nadadores, a natação correu bastante bem, sem confusões, mantendo um bom ritmo e sem me perder, fiz uma prova regular e terminei com um excelente tempo de 14:19. Num ano em que tenho treinado menos natação, os resultados que tenho tido, sobretudo em, sprints acabam por ser surpreeendentes.

1ª Transição
Como isto era uma prova com mesmo muita gente, era necessário um grande espaço para o parque de transição. Na realidade este estava a uns bons 50 Km da saída da água, pelo que levei quase cinco minutos a passar da água para a bicicleta.

Ciclismo (22.5 km)
Foi aqui que me apercebi do nível real dos atletas. Eu, com a minha Cosmos de 15 anos, fartei-me de ultrapassar ciclistas. Andava a mais 10 km/h do que a maioria deles e só fui ultrapassado por 3. O percurso era fácil e rápido por isso pude puxar bem e no final dos 22.5 km tinha demorado 41:02. Um tempo excelente tendo em conta que não pude fazer uma transição rápida porque tinha botas de ciclismo e não de triatlo, porque a bicicleta era a minha de uso diário e não estava bem afinada e, por fim, porque não se podia andar na roda. Foram quase 33 km/h de média, o que é muito bom.


2ª Transição
Uma vez mais uma longa transição que demorou 2:39. Se não fosse o tempo que demorei nestas duas (quase 7 minutos) tinha sido um resultado ainda melhor.

Corrida (5 km )

A corrida não foi brilhante, mas também não se pode ter tudo. Uma vez mais era bem mais rápido que a maioria, mas podia ter feito melhor. AInda assim ultrapassei um atleta que me tinha passado no ciclismo e era da minha série, portanto ganhei um lugar, mas 22:39 num poercurso que não chegava aos 5km é um tempo que não me satisfaz.

Conclusão
Na recta da meta, em frente a muito público nas bancadas e enquanto me aproximava de um velhinho dos seus oitenta anos que devia ter partido meia hora antes de mim, os speakers lá disseram que tínhamos um sprint e eles adoravam sprint. Lá disseram o meu nome e do velhinho e eu lá meio envergonhado ultrapassei-o e sprintei para a meta. Acho que devia ter vergonha da minha pessoa.
O que melhor posso reter desta prova foi que me diverti imenso e que aqui há muito mais gente a praticar triatlo e de uma forma bem mais descontraida. Em Portugal o Triatlo ainda é visto como um desporto para homens de ferro, mas aqui não, vi velhinhas, crianças, gordos, magros e tudo numa enorme descontração.
É um pouco o que acontece agora nas corrida em Portugal. O triatlo democratizou-se e é um desporto para todos. Espero que seja asism em Portugal. Foi engraçado que numa prova com mais de 1000 pessoas acabei por ficar num lugar muito próximo dos que alcancei em Portugal em provas de 400. Ou seja, continuo a ter os mesmos à minha frente mas ganhei centenas de amigos que ficam atrás de mim. E isso é bom.
Os resultados foram os seguintes:

323º em 1370 geral
 296º em 930 masculino
 60º em 184 no Age Group 30-34

Os resultados estão aqui.

Aqui podem ver a minha chegada à meta num pequeno vídeo que eles me queriam vender por achar que sou rico.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Um triatlo em terras britânicas

Este post é publicado em conjunto com o meu outro blog (Ponte sobre o RIo Cam)

https://lh6.googleusercontent.com/-jCcbgvGLvS0/U3jReexTU5I/AAAAAAAAD_4/b_doXdFavZ8/w1347-h898-no/2014-05-18+10.28.41-1.jpg 

Neste fim-de-semana participei no meu primeiro triatlo deste ano em terras britânicas. Mas não era um triatlo habitual: Era o Eastern Region Club Championships, uma prova de estafetas em que competiam os clubes da região Este de Inglaterra, num lago junto à cidade de Bedford.
Eu estive a representar o meu clube inglês, o Cambridge Triathlon Club (um nome muito imaginativo) e por lá se encontravam outras potencias da modalidade como o East Essex, o King's Lynn, o Ely e o Tri Anglia.
Inscrevi-me nesta prova praticamente sem conhecer ninguém do clube, já que apenas vou a alguns treinos (no máximo 2 por semana) que têm muita gente e que varia de semana para semana. Este desconhecimento implicava:

a) Nunca ter visto o tipo que me deu boleia;
b) Nunca ter visto o casal que fazia equipa comigo (sim, eram 3 por estafeta).

Mas nada que me amedrontasse, os ingleses são sempre simpáticos e educados.
No início da prova era só gente nova e pouco falei com eles, mas no final até fomos todos ao pub almoçar e fartaram-se de falar comigo.
Mais engraçado foi o meu colega masculino logo no início:

- És de Portugal? E vieste de propósito ao Eastern Region Relays?
- Claro, está lá toda a gente a apoiar-me, toda a gente segue e vai dar na televisão.

A fazer amigos com respostas parvas desde 1981.
Ah, e como funciona isto das estafetas:
Primeiro nadam os 3 alternadamente, depois pedalam os três alternadamente e por fim correm os três alternadamente. Eu era sempre o do meio

Mas vamos lá anunciar os sectores:
 Natação
 A minha colega nadava bastante bem e fez uma boa prova. Eu nem por isso, Acabei por nadar 100 metros a mais por andar perdido (estou habituado a nadar no meio de muitos e não a entrar na água quase sozinho e por isso perdi-me. Perdi-me tanto, que numa das vezes teve que ir um senhor de Kayak dizer que eu estava a saii da pista. Mas mesmo assim fiz um tempo abaixo dos 15 minutos, o que até revelou um bom sector.
O meu colega não era muito bom nadador e fez um tempo um pouco pior.

Parte original do percurso: Nadei num lago em que existia uma coisa tipo teleski para wakeboard.

 




Ciclismo
Em Inglaterra são raros os triatlos em que o trânsito estava cortado. AInda para mais, o percurso do parque de transição até à estrada tinha algumas centenas de metros pela relva e terra.

Sim, iamos or aquele espaço entre as árvores ao fundo à esquerda

A minha colega que nadava bem, andava devagarinho e demorou mais de 40 minutos a fazer o seu percurso. A mim até correu bem, muito embora tenha saltado a corrente antes da única colina que subíamos e o tempo que contei incluísse quase um quilómetro a transportar a bicicleta pela relva à mão.
Mesmo tendo feito mais de 40 minutos (30 km/h) o tempo líquido a pedalar foi bem menor, e a minha bicicleta já vai para os 16 anos e uso-a todos os dias. No final até ganhei 3 lugares, o que foi muito bom.
Já o meu outro colega que nadava mal. Era um grande ciclista e fez menos 5 minutos.

Parte original do percurso: Havia um sítio onde se atravessava uma estrada para virar à direita e onde era obrigatório parar, pôr um pé no chão e atravessar se não viessem carros.




Corrida
A corrida não foi brilhante. A minha colega demoreu 23 minutos e eu também- Não conseguia dar mais e o vento frontal matava-me. Já o meu colega também era extremamente rápido e foi o melhor, mais uma vez.

Parte original do percurso: Toda a corrida era na relva e à volta do lago.

Conclusão.

Levantei-me às 5h30 da manhã mas valeu a pena. Foi bastante divertido e é engraçada a sensação de fazer um triatlo partido em pedaços. Por outro lado, ao haver muitos atletas de fora dava para nos apoiarmos uns aos outros o que era bem engraçado.
Além disso, o espírito aqui é muito semelhante ao dos triatlos em Portugal, boa gente.

A nossa equipa no final!
 Acabámos por fazer uma boa prova, muito equilibrada em termos de equipa (ninguém se destacava totalmente). Ficámos em 22ºs de 33 e 6ºs de equipas mistas a pouco mais de um minuto to 4º lugar.

Uma experiência a repetir. Foi sem dúvida o melhor triatlo que já fiz em terras com nomes de carrinhas de 9 lugares.

Foto de grupo

  As fotos são minhas e do meu colega Andrew!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Triatlo do Estoril 2014



À boleia de um casamento de um amigo, fui pela primeira vez ao Triatlo do Estoril encarando-o como um bom treino, mesmo tendo em conta a distância Olímpica.
Foi a minha segunda prova da época depois de um Triatlo de Alpiarça de boas sensações (e o melhor tempo neste percurso).
 Encontrei-me lá com os meus colegas do Clube Fluvial Vilacondense: Tiago Pinho e Tó Salgado. FInalmente este ano temos vários atletas a competir nas provas. Um grande progresso relativamente aos anos enteriores onde muitas vezes fui o único a competir pelo clube.

Natação
Estas partidas fora de água não são o ideal para mim, não tenho prática de entrar na água rapidamente, sou ultrapassado e quando mergulho sou brindado com pontapés na cara.
Cheguei mesmo a pensar em desistir, ainda mal acordado do casamento na noite anterior, mas com o passar da confusão fui-me sentido melhor. Sem relógio por ter partido a bracelete, o tempo era uma incógnita.
Acabei por fazer um tempo lento, de cerca de 30 minuitos, fruto dos poucos treinos de natação que tenho tido (tenho focado na corrida).
A transição para o ciclismo foi a mais longa em distância de sempre, mas até fui rápido para as circunstâncias (3:06).

Ciclismo
As idas para o trabalho têm me deixado forte no ciclismo, excepto no meu calcanhar de aquiles: os retornos. Aguentei todos os grupos em subidas, descidas, mas quando chegavam os retornos perdi o contacto com alguns grupos fortes que me davam voltas de avanço. De qualquer forma aguentei bem, também puxei um bocado, mas quem estava em grande era o meu colega Tó Salgado, que passou pela frente bastante tempo. Além de nós poucos se atreviam a puxar nesse grupo. O tempo final foi óptimo: 1:10:14 mas parece que a distância não chegava aos 40 km.

Corrida
A corrida era o que tinha treinado mais, mas maioritariamente longas distância (20km a 30km), pelo que 10km a andar bem seria um bom teste. E na primeira volta até me senti algo solto, num percurso sempre em ziguezague a subir e a descer nos jardins do Casino do Estoril. O pior foi a segunda volta das quatro. Na principal subida senti uma dor de burro enorme que me obrigou a abrandar. E a partir daí, sempre no limite da dor acabei por andar bem mais devagar. Resultado: 52:02, longe de ser brilhante.

Conclusão
No que seria apenas um teste, acabei por fazer o meu melhor tempo de sempre num triatlo olímpico fruto de um grande ciclismo e de segmentos de natação e atletismo medianos. Para a história fica o 163º lugar masculino com 2:38:59