quarta-feira, 31 de julho de 2013

II Triatlo de Esposende


Pela primeira vez num triatlo num local onde passei parte da minha infância, o Triatlo de Esposende marcava o final do meu segundo pico de forma para esta época. Foi o triatlo escolhido para bater o meu melhor tempo num Sprint, ou seja, fazer menos do que os 1:13:18 de Quarteira 2012. Era um triatlo plano e a corrente do rio iria ajudar apesar dos 800m deste segmento.  

Natação


Dizem que estava tanta chuva que são raras as fotos deste segmento, daí que tenha escolhido outra foto para o ilustrar: tem a mesma quantidade de água e também é em Esposende e no triatlo respectivo.
A partida foi uma verdadeira confusão. Primeiro disseram-nos que não podíamos ir para a água porque tinham ido pescar um nadador que foi levado pela corrente no aquecimento. Depois o pessoal da frente atira-se à água. Eu e mais uns quantos ficam à espera de ordens dos árbitros para depois não ter que regressar a terra contra a corrente e, por fim, parece que já devíamos ter ido. Resultado: Só chego à partida (ou melhor, passo ao lado da partida levado pela corrente) uns 30 segundos depois de soar a corneta. Havia que recuperar.
Mas a corrente estava de feição. E estava tanto que os primeiros bateram o recorde do mundo dos 800m por mais de um minuto. Eu sou um pouco mais modesto e fiz 09:13. Mais de 4 minutos abaixo do meu anterior melhor tempo.
Dentro de água não notava muito, mas quando me levanto na rampa reparo que estava a chover. Mas não era um bocado. Acho que havia mais água fora do que dentro do rio. Com tanta chuva nem me lembrei de carregar no botão do Garmin, pelo que o registo que tenho vai até parte do ciclismo.

Ciclismo (20km)



 No ciclismo as coisas estavam um pouco confusas por causa da natação. Pessoas que saíram mais à frente do que o habitual, mas também o contrário o que originou bastantes perseguições interessantes.
A chuva caía com muita intensidade à excepção do final do percurso mas como este era fácil e seguro, não tive grande medo. Fui passado alguns ciclistas mas também fui ultrapassado. Até conseguia seguir algumas rodas mais fortes mas nos retornos a coisa era difícil. Tenho que melhorar a técnica.
Por fim, fiquei num grupo com 2 atletas da Académica de São Mamede e lá nos entendemos, embora reconheça que tenha trabalhado um pouco menos que eles. Fiz uma óptima média (35 km/h) mesmo nestas condições muito difíceis. Estou de facto a evoluir no ciclismo. Foi o meu melhor sector onde fui o 80º com 0:37:48 (inclui transições).



 Corrida
Nestas provas rapidíssimas, neste sector é sempre a dar o máximo. Sabia que para baixar da 1:10:00 tinha que correr abaixo dos 4:30 por km. Perdi os meus colegas de grupo e também fui sendo ultrapassado por outros. Mas no final da primeira volta comecei a fazer algumas ultrapassagens.


O lugar foi semelhante ao da natação e o tempo regular (22:19). Continuo sem melhorar a corrida. Pelo menos foi abaixo dos 4:30.





Conclusão


 

Um record. Influenciado por uma natação enganadora mas de qualquer forma 4 minutos abaixo do anterior registo e com piores condições atmosféricas. O lugar não foi grande coisa (90º em 151, mas 1:09:20 encheu as medidas e vai para o Hall of Fame. Agora venham 2 triatlos no Reino Unido entre eles o Campeonato do Mundo de Age Groups em Londres!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

I Triatlo Longo de Caminha



Este era o segundo objetivo da época. Não queria bater o meu melhor tempo na distância Half Ironman devido à grande dureza da prova, mas queria ficar na primeira metade da tabela. Também regressava aos meus duelos com o Jorge Carneiro  e queria ficar à frente dele.
Embora tenha planeado o treino para um segundo pico nesta altura, os níveis de concentração não eram os mesmos de outras provas. A provas eram visíveis:
1. Esqueci-me de carregar o Garmin e por isso não tenho qualquer registo (embora tivesse a liberdade de sentir apenas o corpo);
2. Cheguei quase na hora de partida do Ferry e tive uma preparação do material demasiado stressante.

Natação



A viagem até ao local de partida foi fantástica. De ferry pelo meio do nevoeiro com o sol a nascer. Parecia que estávamos a fazer uma viagem para outra dimensão.
Ao contrário do que ia acontecer no ciclismo esperava fazer um excelente tempo. Era suposto fazermos o percurso a favor da corrente que até poderia ser forte, por isso havia que aproveitar o lanço.
No entanto, após o salto para a água apercebo-me que estou a demorar muito a chegar à partida. Consigo um lugar na primeira fila até, mas para me manter lá parado preciso de nadar bruços, caso contrário a água leva-me até Valença.
Lá se foi a ideia de um bom tempo. resta nadar sempre em frente, manter-me num bom lugar e tentar poupar energias.



Durou muito, foi uma das mais longas sessões de natação que já fiz e parecia que nunca mais chegava à transição apesar de ver sempre Caminha lá ao fundo. Mas pronto, lá acabei por sair. 44:10 e 97º em 179 era algo perto do objetivo de ficar na primeira metade da tabela.



Ciclismo


Após uma transição normal, chegava a hora de dar no duro. Primeiro um pouco de empedrado para aquecer e depois as subidas. Uma primeira no troço de ligação entre a transição e as voltas e, logo depois na freguesia de Argela, uma subida de cerca de 7km a 7%. Ou seja, algo entre a Senhora da Assunção e a Senhora da Graça.
Era a primeira vez que fazia uma subida deste tipo durante um triatlo. Mas pelo menos estava descansado, além da primeira seria a segunda porque eram duas voltas.
Senti-me numa etapa do Tour, gerindo o esforço na primeira a pensar na segunda volta e gerindo o esforço na segunda volta a pensar na corrida.
O facto de viver numa zona muito plana prejudicou-me e o ciclismo que estava muito forte este ano claudicou. Comecei a ganhar alguns lugares até e a passar uma referência habitual, o Filipe Varandas, mas logo depois comecei a ser ultrapassado por muita gente. O Rui Pena, o João Correia, mais tarde o Emanuel Matos... Todos estavam bem mais fortes que eu, eles e mais alguns.
Depois na descida, não perdi muitos lugares, mas como sou um medricas pus bem os dedos nos travões em quase todas as curvas.
Seguiu-se um troço de falso plano, bem ao meu jeito onde deixei de perder lugares como se não houvesse amanhã mas onde também não ganhei muito.
Na segunda subida não quis arriscar. A alguns metros via um ciclista que circulava mais ou menos à minha velocidade e mesmo sendo ultrapassado por alguns ia-me aproximando dessa referência.



Em duas partes da segunda subida cheguei mesmo a parar para recuperar o fôlego. Fui ultrapassado mas mesmo assim não me ganhavam muito tempo e após a última paragem eu, com as pulsações em baixo estava muito mais forte que os que me rodeavam e que não tinham parado. Arranquei com toda a força e recuperei alguns lugares passando inclusivamente a minha referência e nunca mais o vi depois disso. Quando olhei para trás ele já estava fora do meu campo de visão. Na descida mantive a minha atitude de medo mas já não havia muita gente para me passar.
Por fim, no último falso plano sem forçar fui ganhando alguns lugares mas nas últimas subidas senti-me mesmo exausto e a ponderar desisitir no parque de transição pois não me via a fazer 21 km a correr depois de tanto cansaço. As 3:59:32 foram demasiadas, mesmo tendo em conta a subida. 132º estava bem abaixo daquilo que queria.

Corrida



Uma transição lenta para ganhar fõlego seguida de um início lento para ver se dava para ir até ao final. Passei um atleta mas fui sendo ultrapassado por uns cinco atletas. Nada que me preocupasse muito, o objetivo era chegar ao fim. Gostei muito do percurso, adoro treinar à beira-mar e em pinhais por isso aquilo era a minha cara. Gostei igualmente do apoio do público que ia desde a família de betos sentada em cadeiras à porta da sua casa de Moledo até aos minhotos com bombos em Vila Praia de Âncora. Gostei de uma prova em que não se andava às voltas mas em que se ia até Âncora e voltava-se não fazendo exatamente o mesmo percurso no regresso. E gostei de dar um beijo a meio da prova à minha namorada. Depois dessse beijo ganhei força extra e fui ganhando lugares.



Entretanto um atleta ultrapassou-me mas mantive-o em linha de vista e fui recuperando ainda mais lugares à medida que ele também puxava por mim. Alguns dos atletas que ultrapassava eram os mesmo que me tinham passado no início. A minha gestão de esforço estava a funcionar e cheguei à meta após uma bela recuperação. 113º na corrida não era óptimo, muito menos 2:01:28 de tempo. Mas era um percurso de pinhal e de trail em certas partes agravado por um ciclismo devastador.



Conclusão



Apesar de não ter conseguido cumprir os meus objetivos acabei a prova muito feliz. Foi uma excelente sensação ter conseguido acabar depois de andar a subir a Serra d'Arga duas vezes. Adorei a prova, talvez aquela em que me diverti mais até agora. Excelentes paisagens, excelente ambiente e a animaçãpo em Âncora a ser a cereja no topo do bolo. O único senão na organização terá sido isolar algumas localidades com o corte do trânsito. O meu tio ficou preso em casa entre as 8h e as 14h por causa do triatlo e por certo nunca será fã da modalidade.
De resto espero voltar, até acho que isto devia ter outra projeção internacional. Passar a ser o LittleBedMan, ou o WalkingMan ou mesmo o HereMineMan pode ser uma opção para este Caminha Homem.
Fiquei  em 121º em 179 à partida com 6:44:01. Abaixo das expectativas mas pouco importado com isso.
As fotos são da autoriada da Leonor e do meu pai, que apanharam uma grande seca!