terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Época 2011 - 2ª Parte

Triatlo do Ambiente - Oeiras
Já quase um mês depois da prova anterior. O mês em que treinei com afinco, dirigi-me a Oeiras já com o pensamento em Pontevedra. A equipa do CFV foi bem representada com 8 atletas (aliás, foi a única prova em que levámos carrinha) e o facto de termos dormido a uns 20 ou 30 metros da prova foi uma boa ajuda. Muito embora tive muitas dificuldades para adormecer nesse dia, acabando por dormir 2 horas ou algo do género.
Na natação tive alguns problemas de orientação, e acabei por perder algum tempo, que seria fatal para apanhar um bom grupo de ciclismo. Saí da água com 17:40 e fartei-me de ultrapassar ciclistas no fácil percurso pela Marginal de Oeiras. Nunca apanhei grandes grupos, mas volta e meia encontrava algumas boas parcerias. Fiz os 20km em 38:13, num tempo que inclui as transições, ou seja, a melhor média de sempre. A corrida não foi a melhor, mas também não foi propriamente má (21:59), pelo que terminei a prova com o meu record em triatlos sprint (1:17:53) e a 277ª posição em 406 participantes.

Triatlo de Pontevedra - Campeonato Europeu



A prova que mais prazer me deu e o recorde em triatlos olímpicos até esse dia. Para recordar aqui.

Triatlo de Aveiro





Na semana seguinte, mais uma boa prova. Já descrita.


Triatlo de Abrantes


Quando uma pessoa vai a uma prova, os seus resultados dependem do treino, mas também da atitude. Depois de dois triatlos olímpicos em apenas duas semanas, é normal que exista uma fase de descompressão, e também de menor carga de treino. Fui a Abrantes com pouca atitude, apenas para treinar. O que é que resultou: um resultado miserável, como seria de esperar.
A natação até foi boa (15:05), mas pior que no ano anterior. O ciclismo é que foi uma desgraça (48:45) e a corrida não lhe ficou atrás (24:53). O tempo de 1:28:43 leva a pensar que não vale a pena irmos a provas quando não estamos motivados para fazê-las. Pior que esta nos sprints só Coimbra.

Corrida do Bodo


Aproveitando as poucas provas existentes no Verão, a 30 de Julho decidi fazer os 10km do Bodo, em pombal, uma prova que consistia em subir e descer uma avenida três vezes, numa distância de 3.333,33333 metros por volta.
Não sendo uma prova com milhares de atletas, seria uma boa oportunidade de bater o meu recorde dos 10 km (apesar de ainda estar numa fase de descompressão) batido em Santo Tirso no ano anterior com 45:55. Decidi impor um andamento relativamente forte e ao fim de cada retorno podia controlar os tempos para fazer abaixo dos 45 minutos. Teria que passar a cada retorno a 7:30 e no final de cada volta a 15 minutos. No entanto, como se subia para um lado e descia-se para o outro, as coisas não eram bem assim. E, se nas duas primeiras voltas mantive um ritmo constante que me permitia baixar do objectivo, na última subida sofri um bocado e perdi algum tempo. Mas nada como uma bela descida em sprint para permitir terminar a prova em 44:48, mais de um minuto abaixo do recorde.
Foi também a primeira vez que fiquei à frente de um atleta de alta competição, internacional pelas selecções jovens. Claro que não estou a falar de nenhum atleta ou triatleta, antes de um futebolista e... guarda-redes. O Pedro Roma, que terminou em 45:22.
Podem ver a minha chegada (de azul) aos 3:25 deste vídeo e a do Pedro Roma, de branco, aos 4:00.



Triatlo de Lisboa


Em Setembro descrevi o Triatlo de Lisboa onde bati o meu recorde em Olímpicos mesmo com o pneu furado!


Triatlo Varzim Lazer
Para terminar a época de triatlos, a prova onde comecei as minhas aventuras estava de volta. Novamente na piscina da Póvoa, mas com um percurso de ciclismo maior e ligeiramente mais duro.
Fiz uma boa natação, abaixo dos 6 minutos e com bastantes nadadores ainda atrás de mim. A transição foi rápida e o ciclismo também, muito embora na volta final, o meu conta-quilómetros tenha dado um salto e fosse a bater nos raios uns 2km. A corrida também foi feita sempre no máximo. No final quase que me saíam os pulões pela boca. São distâncias curtas (300m + 10km + 2,5km) mas onde se vai sempre no máximo, quase em apneia. Sentia-me mais cansado do que na semana anterior em Lisboa, por exemplo.
Uma vez mais fiquei na primeira metade da tabela (38º em 94) e só não bati o record porque o percurso de ciclismo era mais longo. Mesmo assim 33:25 foram apenas mais 15 segundos que o melhor tempo.


Duatlo de Espinho
Era para ser triatlo, mas o mar obrigou a transformar-se em Duatlo. Apesar de algo desiludido por não fazer o meu primeito triatlo nas praias do Norte., um duatlo era uma prova à minha medida. Não iria forçar muito, porque uma semana depois tinha a Maratona do Porto. Mas iria divertir-me e com uma atitude muito diferente da que tivera em Abrantes.
Comecei com uma boa corrida, com um ritmo perto dos 4 min/km, tendo acabado o segmento em cerca de 21 minutos. Mas foi na bicicleta que tudo melhorou. Apesar de não pegar nela praticamente no último mês, senti-me numa força incrível, e a subir o empedrado estava nas minhas quintas. Passei imensos ciclistas e destrui alguns grupos, mesmo contra um vento algo forte de norte. A média foi bem acima dos 30 km/h.
Na última corrida fiz um forcing final para bater o meu recorde de Duatlo que já datava de... 2001. Passei dos 1:10:29 para os 1:09:45 tendo ficado 40º dos 72 duatletas à partida.

Maratona do Porto
A cereja no topo do bolo aqui.

Volta a Paranhos
Uma prova que sempre desejei participar mas que nunca tive oportunidade de fazer. Após um levantamento de dorsais longo e stressante, acabei por ver os meus cordões desapertados e o chip a saltar logo nos 2 primeiros quilómetros, perdendo aí cerca de dois minutos. Depois, forcei um pouco o ritmo para não ter um tempo vergonhoso. Acabei por terminar com um digno 48:05, que até poderia ter sido um recorde se apertasse bem os cordões e não perdesse mais de um minuto até à partida. Fiquei em 818º em 1615, ou seja, bem no meio da tabela.

São Silvestre do Porto
Para terminar uma S. Silvestre muito concorrida, onde demorei imenso a chegar à partida e só a meio de Santa Catarina pude correr à velocidade pretendida. Depois pude aproveitar o excelente novo percurso, ainda duro (mas bem menos), que permitia visitar outras zonas do centro da minha cidade. Todos ficaram agradados.
Acabei em 46:38 e, mais uma vez, se não fosse o trânsito seria um recorde. Aliás, o tempo líquido de 45:10 foi muito bom, tendo em conta que os 2 primeiros km foram feitos em quase 12 minutos. Ficará para o ano!

Conclusão
A época começou mal, com lesão, constipação e maus resultados, mas a partir de Junho tudo mudou. Bati os meus melhores tampos em 10km de corrida, Duatlo Sprint, Triatlo Sprint e Triatlo Olímpico, para além de me ter estreado na maratona. Pode não ter sido uma época regular, mas também foi muito focalizada nas provas mais importantes, onde superei os meus objectivos pessoais. Agora em 2012 irei apostar em distâncias maiores, tentando igualmente bater os tempos de 2011. O desafio está lançado. A estratégia? Uma maior aposta na natação, para depois apanhar bons grupos no ciclismo e começar a corrida mais à frente! As expectativas são boas, para já!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Época 2011 - 1ª Parte



Este ano acabei por não descrever todas as provas. Foi um ano particularmente difícil em termos profissionais, por isso acabei por me dedicar pouco aqui a blogue. Primeiro tive trabalho até mais não. Das 9 da manhã às 5... da manhã. Depois, como isso não é vida para ninguém e, para prémio ainda ia ver o meu salário diminuir, decidi ir-me embora. Daí que tenha dedicado também 8 meses a procurar novo emprego. Por tudo isso, passaram-se as provas e nada de crónicas. Como não faz muito sentido começar com longas descrições individuais do que fiz em 2011, vou avançar com uma síntese das provas em que participei.

Triatlo de Alpiarça

A primeira prova da época ocorreu, tal como em 2010, em Alpiarça. Recorde-se que no ano passado tinha saído da água bastante bem disposto, mas acabei por desistir aos 2km de ciclismo com um furo no pneu. O objectivo era fazer melhor, mas não era fácil, já que apanhei uma bruta constipação na semana anterior e as possibilidades de acabar afogado tinham aumentado.
Na natação fui nadando como podia, resguardei-me no início e acabei por apanhar bastante trânsito e por ter dificuldades em respirar o ar suficiente durante o resto da prova (os pulmões estavam cheios de espectoração). Acabei por fazer um tempo na natação semelhante ao ano passado. Ou seja, pouca evolução.
Na bicicleta, ao contrário do habitual não fiz uma grande prova, apesar do percurso ser bom para mim. O início da época e a constipação afectaram-me e não consegui render o que devia, não chegando a ganhar muitos lugares.
Por fim, na corrida parecia que não conseguia encher os pulmões de ar, por causa da expectoração e fiz um resultado pobre.

No final 1:22:02 e um 303º lugar em 378 participantes. Resultados aqui.






Duatlo de Famalicão
Seguiu-se o Duatlo de BTT de Famalicão, encarado como treino e como uma oportunidade de me divertir um pouco. Divertir, que é como quem diz, porque como se pode ver nas fotos, a minha cara demonstrava um ligeiríssimo pânico.


https://lh3.googleusercontent.com/_agDS8RTqxNQ/TY88saBOKGI/AAAAAAAAHTA/tgYLgoQQSRM/s720/Imagem%20951.jpg


https://lh5.googleusercontent.com/_agDS8RTqxNQ/TY9RqtTDh3I/AAAAAAAAHTI/o3Md7f9zmCc/s720/Imagem%20573.jpg

A chuva era muita e a onstipação ontinuava a afectar-me, mas apesar disso fiz uma boa primeira corrida (abaixo dos 20 minutos). Já na bicicleta a coisa não correu tão bem, tinha um percurso algo complicado em algumas partes e acabei por demorar cera de uma hora. No final, aguentei-me e fiz os 2,5 km de corrida em cerca de 12 minutos. O tempo final acabou por ser 2 minutos acima do duatlo BTT da Póvoa, no ano anterior, o único em que participei. Fiz 1:31:38, tendo ficado em 140º em 238 parcipantes. Nada de muito mau, mas também nada de extraordinário. Contou pela diversão e não pelo resultado.

Triatlo de Coimbra
De volta a Coimbra, para um dos meus triatlos favoritos, pensava estar já recuperado da constipação, mas afinal tive uma natação onde voltei a sentir problemas na respiração. Fiz um tempo mesmo medíocre a nadar: 17:12, algo nunca visto nas últimas duas épocas. Seguiu-se uma biicleta muito pouco conseguida 47 minutos, muito mau) e uma corrida acima dos 5 min/km. Enfim, o pior resultado desde 2009, quando me iniciei no triatlo. 1:29:59 e 227º em 298. Esta época continuava a ser para esquecer.



Duatlo de Perosinho
Continuando na senda dos maus resultados, no Duatlo de Perosinho joguei à defesa. A primeira corrida foi má e na bicicleta não arrisquei porque chovia copiosamente, mas sendo o percurso puxadinho acabei por ganhar alguns lugares. Na última transição, com os pés ensopados senti uma cãibra enorme que me prendia o dedo grande do pé. Estive prestes a desistir, mas depois já consegui voltar a pôr o dedo no sítio (devo ter perdido mais de 2 minutos). Para finalizar ainda me enganei no percurso e cheguei ao final muito para trás (36º em 50 duatletas) e com um tempo miserável de 1:30:13.

Triatlo de Montemor
Este foi o culminar de um início de época bastante fraquinho. Foi talvez por esta altura que atingi o meu peso máximo (80kg) neste ano e, não só por essa razão fiz uma prova deplorável. A natação até acabou por ser o melhorzito, com 35:07, sem fato e com alguma ondulação. 10 minutos abaixo do que tinha feito no Olímpico anterior. Seguiu-se um ciclismo plano em todo o percurso mas com uma parede lá para o meio e muito, mas mesmo muito vento (parecia uma praia do Minho em Agosto). 1:22:27 corresponde a uma média abaixo dos 30 km/h, por isso aquém das expectativas, sobretudo pela quebra final. Essa quebra estendeu-se para a corrida, demasiado monótona e também com muito vento. Foram os meus piores 10 km de sempre, tendo demorado 57:55. Acabei em 166º em 203 à partida, mas 180 no final. O tempo foi 2:58:21, também o pior de sempre.

Amanhã a 2ª Parte... Será que tudo irá melhorar?