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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
II Meeting Blogger
Foto surripiada ao Corridas & Patuscadas
Após a III Meia Maratona Sportzone tive o prazer de confraternizar com dezenas de bloggers que de manhã não gostam de ficar na caminha. A organização, a cargo do Miguel Paiva e do João Meixedo esteva ainda acima do patamar da Runporto, o que só pode ser considerado um elogio.
Para começar uma preparação ao pormenor sem esquecer o design de um logotipo e a devida promoção entre bloggers. Depois, o apoio na Expo, onde eu cheguei quase ao fechar do estaminé não tendo apanhado ninguém por essa hora. Quanto à corrida, tudo pronto à hora marcada e, para que sentissemos amor à camisola que defendiamos, nada melhor que a oferta da dita camisola. E sendo ela de polyester e devidamente adaptada às nossas exigências de corredores mais razões tinhamos para sentir amor por ela.
Depois da corrida, o retemperador banho no Well Domus (pena não ter sido no jacuzzi (mas não se pode pedir tudo) e, porque todos nos atrasamos (a culpa não foi da organização) a travessia do Douro não foi de barco mas de carro. Acabamos no Patilhão a comer um belo arroz de pato com queijinho por cima e a conversar até às 5 da tarde. Sobre quê? Treinos, corridas, treinos, corridas... Enfim, tiramos a barriga de misérias quanto a conversas sobre desporto. É que no dia-a-dia ninguém está para nos ouvir falar disso. A meio ainda tivemos tempo para conhecer o livro "Correr por Prazer - Já correu hoje?" do Vítor Dias que será uma excelente prenda de Natal.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
III Meia Maratona Sportzone
No último sábado fui à Meia Maratona Sportzone, uma prova muito especial por diversos motivos. Em primeiro lugar já não corria esta distância desde a Meia Maratona de Lisboa de 2006 quando me lesionei no joelho (a parte de cima da tíbia fendilhou por esforço). Em segundo lugar por ser a primeira Meia Maratona na minha cidade e a primeira prova que lá fazia este ano. Em terceiro lugar, não tendo usado GPS nos treinos não sabia qual seria o meu objectivo, tendo atirado 1h45m para o ar ao acaso (o meu record anterior era 1h59m, pelo que já seria uma grande diferença). Por fim, e o mais importante, porque iria participar no encontro de blogues defendendo as cores da equipa Cyberunners que se estreava nesta corrida.
O início ficou marcado pelo pouco espaço para aquecer, o Polar que não funcionava e o facto de eu ainda temer uma lesão (na semana anterior após 2 horas de treino começou a doer o mesmo joelho no mesmo sítio da fractura de esforço) estando um pouco com medo.
Parti cá para trás e demorei mais de um minuto a chegar à partida. De facto, a diferença entre o meu tempo total e o tempo líquido foi 01:19.
Como não sabia os objectivos dos meus colegas de equipa, optei por seguir os passos dos meus amigos Rui, Lino e Zé. Como no início não encontrei o Zé, comecei a correr com o Rui e o Lino, indo este último a marcar o ritmo. O seu tempo no ano passado foi à volta de 1h45m, pelo que seria uma boa referência.
O primeiro quilómetro foi muito lento, perto dos 6 minutos (incluindo o 1m19s até à partida) mas depois já havia estrada livre e começamos a acelerar. O Lino ia na frente, depois o Rui e eu vinha na retaguarda. Estávamos espaçados por 10/15 metros. Esses primeiros quilómetros iam sendo feitos a um ritmo de 4:45, e sentia-me muito bem e até capaz de dar mais.
Logo após a Ponte D. Luiz o Lino começou a afastar-se do Rui, que ia ficando para trás. Como me sentia melhor, ultrapassei ao Rui e encostei-me ao Lino. Seguimos juntos até ao retorno na Afurada e comecei a marcar um ritmo mais competitivo na zona dos 4:30. Durante esse tempo fomos quase sempre a ultrapasssar atletas.
Como o vento passou a estar de frente, passei a ir de grupo em grupo. Alcançava um grupo, abrigava-me do vento, chegava à frente e acelerava para colar a outro grupo. E fui-me distanciando do Lino que acabou por ficar para trás perto da Ponte da Arrábida.
O pior veio depois, junto ao Cais de Gaia, na parte emparalelo comecei a sentir as temíveis dores do joelho esquerdo e pensei que aquilo poderia acabar com a minha prova. Quando cheguei à Ponte D. Luiz as dores já eram bastante fortes, e o ritmo era inferior (mas não muito). Felizmente com a Ponte chegou também outro piso e à medida que caminhava no Porto as dores iam passando (De facto nunca me habituei a terras Marroquinas).
Foi já a caminho do Freixo que vi que o Zé tinha acabado de me ultrapassar estando agora uns 20 metros à minha frente. Nessa altura já estava sem dores e juntamente com um atleta do Vitória voltei a encostar no Zé e começamos a fazer a prova em conjunto. Íamos num bom ritmo e após o retorno estávamos a favor do vento e a pouco mais de meia dúzia de quilómetros da meta. Estávamos a apontar para um bom tempo.
O principal incidente aconteceu quando voltámos a passar na meta e eu peguei numa garrafa de água. Na altura estava na minha vez de marcar o ritmo e o tempo que tive com a garrafa na boca para dar uns golos foi-me fatal. Instantaneamente deu-me uma dor muito forte junto ao fígado (a famosa dor de burro). Quase tive que parar e o quilómetro e meio seguinte foi feito a cambalear. Lá se foi embora o Zé e o corredor do Vitória e percebi que aquilo voltaria ao sítio mas tinha que abrandar um pouco.
Assim foi, quando me aproximo novamente da Ponte do Infante saltei do burro e comecei a correr. Nessa altura o ritmo era um pouco mais lento (5:00 minutos por quilómetro) mas pelas minhas contas ia fazer bem perto da 1:40:00. Pelo meio ainda alcancei o Rui Pena que não estava nos seus dias mas que na próxima Maratona do Porto deve voltar em grande.
No final o relógio marcava 01:40:57 e o tempo liquido era 01:39:38. O meu ritmo médio por quilómetro foi de 04:47, bastante bom para as expectativas. O meu lugar foi 632º em 1451, bem dentro da primeira metade, algo que já não acontecia há muito tempo.
Acabei por perder 1m35s para o Zé, após aquela fatídica dor. Mais uma vez ele esteve regularíssimo. O Rui também fez uma excelente prova tendo feito uma corrida de trás para a frente e chegado pouco depois de mim com 01:41:43. O Lino que até hoje ficara sempre à minha frente levou quase 10 minutos e agora vou poder chateá-lo para o resto da vida com esta diferença.
Quanto aos fantásticos Cyberunners, neste tipo de provas o importante é participar... Tretas! Todos sabemos que temos objectivos e houve de facto óptimos tempos:
Pos. Geral | Pos. Escalão | Nome | Iliquido | Liquido |
73 | 10 | LUIS MOTA | 1:17:29 | 1:17:15 |
75 | 37 | PAULO MARTINS | 1:17:42 | 1:17:34 |
205 | 78 | MARK VELHOTE | 1:26:34 | 1:26:16 |
438 | 70 | MIGUEL PAIVA | 1:35:44 | 1:34:43 |
440 | 82 | JOAO FERREIRA | 1:35:44 | 1:34:43 |
478 | 144 | DANIEL PINTO | 1:36:54 | 1:36:35 |
570 | 13 | OTILIA LEAL | 1:39:31 | 1:38:37 |
583 | 94 | ANTONIO ALMEIDA | 1:39:50 | 1:39:13 |
592 | 15 | SUSANA ADELINO | 1:40:05 | 1:39:46 |
621 | 65 | FERNANDO ANDRADE | 1:40:45 | 1:39:45 |
632 | 178 | LUIS TORRES | 1:40:57 | 1:39:38 |
698 | 131 | VITOR DIAS | 1:42:48 | 1:41:47 |
699 | 132 | JOAO MEIXEDO | 1:42:48 | 1:41:47 |
955 | 31 | JOAQUIM ADELINO | 1:51:14 | 1:50:55 |
1062 | 194 | JOSE BRITO | 1:54:24 | 1:53:28 |
1104 | 173 | LUIS MOUTINHO | 1:55:51 | 1:55:34 |
1207 | 62 | VITOR FERNANDES | 2:01:01 | 1:59:55 |
1394 | 44 | SUSAN MOTA | 2:18:21 | 2:17:24 |
Mas sobre eles vou falar no próximo capítulo (relativo ao excelente almoço).
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
I Triatlo de Coimbra
Um pouco atrasado, aqui vou eu falar do triatlo de Coimbra, realizado no último dia 4 de Outubro. Era a primeira prova que participava após o Triatlo de Raiva ainda em Agosto.
Muito mudou em 2 meses. Em primeiro lugar mudou a estação, do ano deixou de ser Verão e passou a ser Outono. Bem, isto teoricamente, porque o termómetro do carro marcava já 29ºC antes da prova começar, o que é típico de um Outono... pós-aquecimento global. Depois, porque treinei muitas semanas durante estes dois meses. Muitas horas de treino e treinos de muitas horas. Graças a isso e não só, se em Raiva eu andava nos 85/86 kg, em Coimbra já estava nos 77/78 e isso já é uma grande diferença. Mas sobre o treino falarei mais tarde, agora é tempo de descrever a prova.
A última grande alteração estava no vestuário. Não sabendo eu que a água do Mondego estaria a 22ºC, decidi investir na semana anterior num fato isotérmico e esta era a minha estreia sem qualquer treino de adaptação ao dito cujo.
Por isso, esperava melhorar na natação, mas sabia que era a parte em que estaria mais limitado. Voltei a jogar à defesa mas apostando sempre em lances de contra-ataque. Infelizmente não nos disponibilizaram os resultados de cada sector, pelo que a contagem que fiz foi mais ou menos a olho. Quando cheguei à transição estava nos 19 minutos, ou seja, tirei cerca de um minuto ao que fiz em Raiva. Não foi um bom tempo, confesso que estava à espera de mais, até pelo fato. Também, pouco nadei durante estes dois meses e não podia esperar milagres.
Passei para a bicicleta e comecei a ganhar lugares logo à saída. Por fim, fiquei num grupo de três na primeira das 2 voltas. Era um grupo de 3 mas só dois é que puxávamos. O meu colega de puxou mais que eu, confesso, e por vezes sentia algumas dificuldades em seguir-lhe a roda. Foi com alguma surpresa que mesmo no final da primeira volta verifiquei que ficaram muito atrasados junto à ponte, quando eu estava a puxar (talvez algum engano no percurso, ou o elemento mais fraco perdeu a roda e o outro distraiu-se). Sozinho as coisas estavam mais difíceis mas acabei por ser alcançado pelo elemento mais forte do grupo. Voltamos a fazer trabalho em conjunto (ele mais que eu) e a recuperar lugares (bastante menos que na primeira volta) até que a meio da volta final perdi a roda dele. Ganhei, apesar disso ganhei mais dois ou 3 lugares e penso ter acabado o sector aos 58 minutos, tendo feito uma média acima dos 30 km/h
A corrida correu-me melhor que o costume. Ganhei uns 2 ou 3 lugares e senti-me bem, embora já algo fatigado. O percurso era fácil sendo a parte mais difícil aquela em que passávamos junto a um encontro de antigos frequentadores do canil municipal. Da maneira como vi um cão a atacar o outro percebi bem que poderia ter que fazer um sprint até ao outro lado do Rio Mondego. O meu tempo neste sector terá sido à volta dos 22 minutos o que também é um bom registo (abaixo dos 5 min/km que era o objectivo)
Após 1:21:33 lá cheguei à meta. Tinha como objectivo fazer abaixo da 1h30 e isso estava garantido, embora durante a prova tenha acreditado baixar da 1h20, mas isso fica para a próxima. Em princípio terei feito, por sector 19+38+22 com cerca de 2 minutos nas transições. Ou seja, a natação foi um pouco acima do esperado e a corrida e a bicicleta um pouco abaixo do esperado. O que mais deixou a desejar foi o lugar, 68º em 81 na classificação masculina absoluta (também não houve classificação conjunta). Devo ter saído da natação quase no fim e perdido algum tempo na primeira transição (a estreia do fato limitou-me a velocidade de mudança de sector), depois recuperei lugares mas nem tantos quanto esperava. A natação vai ter que ser melhorada.Por fim, uma análise à prova. O percurso deste triatlo foi o melhor de todos os que participei este ano. Todos os percursos eram próximos, um único parque de transição e toda a prova junto ao rio, o que era bastante atractivo para os espectadores. Por outro lado também era bastante agradável para os triatletas, apenas duas voltas no ciclismo e duas voltas na corrida, tudo plano com pequenas subidas de bicicleta,a utilização de uma fantástica área verde dos dois lados do rio e de uma bonita ponte pedonal.
No entanto, apesar de ser um percurso apelativo, o público quase ignorou a prova. Ao contrário do que aconteceu em todos os Duatlos e Triatlos que participei, poucos aplausos ouvi e pareciam só estar presentes os familiares dos atletas. Muitas pessoas passeavam pelo jardim como fazem todos os domingos de manhã sem se interessarem pela prova.
O maior ruído vinha da campanha autárquica do independente Pina Prata. Um hino cantado por Toy e uma animação constante por um organista. Parecia ser um organista como há muitos por aí, que cantava versões de músicas conhecidas onde encaixava perfeitamente o nome Pina Prata algures na lírica. Aliás, o slogan Agora Sim encaixava perfeitamente no Movimento Perpétuo Associativo dos Deolinda.
Só mais tarde vim a saber que este organista não só era cego como só tinha um braço, o que torna o exercício bem mais difícil.
Tudo teria um final feliz mas não... Pina Prata nem foi eleito Vereador, quanto mais presidente...
sábado, 3 de outubro de 2009
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