terça-feira, 8 de maio de 2012

Lisboa International Triathlon (2ª Parte)

Natação (1900m)



 
Às 8 da manhã a água está fria. Numa prova de mais de 5 horas, há muito tempo para aquecer. Por isso, não me pus a nadar antes do tempo e fiz exercícios de aquecimento fora de água. Talvez não tenha sido a opção ideal mas foi o que achei melhor naquela altura.
Com quase 400 nadadores (contando com o Vasco), esta foi provavelmente a prova com mais mamíferos dentro de água em que participei, e isso sentiu-se um pouco, apesar de todos circularem a uma velocidade inferior ao habitual.
No início senti bastantes encontrões e, na primeira vez que contornamos o oceanário, o  nadador que se encontrava no meu lado direito em lugar de pôr a mão na água a cada braçada ia batendo na minha cabeça. Ainda bem que ao fim de uns dez socos lá nos separámos e cada um seguiu o seu caminho.
Pus o meu relógio a vibrar a cada 9 minutos (9 por ser 36 a dividir por 4 e 36 seria um tempo Like a Boss) e a coisa estava controlada. Primeira vibração mais ou menos a meio do percurso, segunda vibração quase no final da primeira volta, terceira vibração novamente perto de metade do percurso, mas um pouco antes.
Foi logo a seguir que dei de caras, literalmente com o Vasco, a mascote do oceanário.


O Vasco encontrava-se a meio do percurso, e quando ia a nadar, não olhei para a frente e dei uma valente cabeçada no miúdo. Eu até vi estrelas, mas o Vasco ficou na mesma, quieto, como se estivesse preso ao fundo do cais. Parei um pouco, descolei os óculos da cara e voltei a nadar. Neste último troço também senti algumas dores musculares no braço direito. Ainda não percebi a razão, já que não fiz nenhuma caminhada a fazer o pino. Quanto muito foi de arrastar malas e bicicletas de um lado para o outro.


No final desorientei-me um bocado e tive que corrigir a trajetória para apanhar a última bóia. Talvez esta segunda volta não tenha sido tão rápida mas o tempo global foi aceitável, dentro do que tinha previsto. Obviamente que depois dos 13:33 em Quarteira alimentava a esperança de andar a menos de 2min/100m, mas a poupança, o trânsito e o Vasco impediram-me. O tempo de 38:08 na saída da água fica para a minha História. Foi o 227º tempo entre 378 nadadores, nada mau.



1ª Transição

Tudo nas calmas, literalmente . Não saí da água a correr desalmadamente, preocupei-me em tirar a parte de cima do fato e só depois comecei a correr devagar, até porque o chão magoava-me os pés (por baixo do tapete eram paralelos). No meu posto, tirei o resto do fato nas calmas, bebi um pouco de água para tirar o sal da boca e peguei calmamente na bicicleta para começar o sector seguinte. Com esta calma toda, consegui baixar as pulsações para um ritmo aceitável, em vez de começar um novo esforço com o coração lá em cima, e isso foi fundamental. O tempo total foi bastante 3:35 mas, além de refletir a calma, reflete 400m entre a linha de água e o local de saída. O registo está aqui.

2 comentários:

Bluewater68 disse...

:) Grande Vasco. Quer dizer, eram 1900m de natação com prova de obstáculos. Tu devias era pedir uma indemnização à organização, alegando que os óculos se tinham partido por causa da cabeçada. Bem, mas antes uma cabeçada no Vasco que num daqueles pilares da ponte de acesso ao Oceanário.
O registo de Quarteira foi mesmo muito bom. Mas aí a distância a nadar seria 1,5x superior. Compensariam os poucos minutos que se poderiam ganhar numa natação mais rápida, havendo ainda muita prova pela frente? Repara que memso assim fcaste em 227º entre 378 (mais o Gil que ficou como DNF).
Por causa dessa desorientação que referes, ontem li o relato de alguém que também esteve aí e que terá tocado com os dedos nos óculos depois de ter besuntado o pescoço com vaselina (pensava que não se devia usar vaselina por poder estargar o fato). Ou seja, nadou quase às cegas. Deve ser horrível.

MT disse...

O meu amigo Jorge nada sem óculos e tem-se safado! Já ouvi falar dessa da vaselina, mas não sei se fará bem ao fato e o meu sai muito facilmente.