quinta-feira, 15 de outubro de 2009

I Triatlo de Coimbra


Um pouco atrasado, aqui vou eu falar do triatlo de Coimbra, realizado no último dia 4 de Outubro. Era a primeira prova que participava após o Triatlo de Raiva ainda em Agosto.
Muito mudou em 2 meses. Em primeiro lugar mudou a estação, do ano deixou de ser Verão e passou a ser Outono. Bem, isto teoricamente, porque o termómetro do carro marcava já 29ºC antes da prova começar, o que é típico de um Outono... pós-aquecimento global. Depois, porque treinei muitas semanas durante estes dois meses. Muitas horas de treino e treinos de muitas horas. Graças a isso e não só, se em Raiva eu andava nos 85/86 kg, em Coimbra já estava nos 77/78 e isso já é uma grande diferença. Mas sobre o treino falarei mais tarde, agora é tempo de descrever a prova.
A última grande alteração estava no vestuário. Não sabendo eu que a água do Mondego estaria a 22ºC, decidi investir na semana anterior num fato isotérmico e esta era a minha estreia sem qualquer treino de adaptação ao dito cujo.



Por isso, esperava melhorar na natação, mas sabia que era a parte em que estaria mais limitado. Voltei a jogar à defesa mas apostando sempre em lances de contra-ataque. Infelizmente não nos disponibilizaram os resultados de cada sector, pelo que a contagem que fiz foi mais ou menos a olho. Quando cheguei à transição estava nos 19 minutos, ou seja, tirei cerca de um minuto ao que fiz em Raiva. Não foi um bom tempo, confesso que estava à espera de mais, até pelo fato. Também, pouco nadei durante estes dois meses e não podia esperar milagres.


Passei para a bicicleta e comecei a ganhar lugares logo à saída. Por fim, fiquei num grupo de três na primeira das 2 voltas. Era um grupo de 3 mas só dois é que puxávamos. O meu colega de puxou mais que eu, confesso, e por vezes sentia algumas dificuldades em seguir-lhe a roda. Foi com alguma surpresa que mesmo no final da primeira volta verifiquei que ficaram muito atrasados junto à ponte, quando eu estava a puxar (talvez algum engano no percurso, ou o elemento mais fraco perdeu a roda e o outro distraiu-se). Sozinho as coisas estavam mais difíceis mas acabei por ser alcançado pelo elemento mais forte do grupo. Voltamos a fazer trabalho em conjunto (ele mais que eu) e a recuperar lugares (bastante menos que na primeira volta) até que a meio da volta final perdi a roda dele. Ganhei, apesar disso ganhei mais dois ou 3 lugares e penso ter acabado o sector aos 58 minutos, tendo feito uma média acima dos 30 km/h



A corrida correu-me melhor que o costume. Ganhei uns 2 ou 3 lugares e senti-me bem, embora já algo fatigado. O percurso era fácil sendo a parte mais difícil aquela em que passávamos junto a um encontro de antigos frequentadores do canil municipal. Da maneira como vi um cão a atacar o outro percebi bem que poderia ter que fazer um sprint até ao outro lado do Rio Mondego. O meu tempo neste sector terá sido à volta dos 22 minutos o que também é um bom registo (abaixo dos 5 min/km que era o objectivo)



Após 1:21:33 lá cheguei à meta. Tinha como objectivo fazer abaixo da 1h30 e isso estava garantido, embora durante a prova tenha acreditado baixar da 1h20, mas isso fica para a próxima. Em princípio terei feito, por sector 19+38+22 com cerca de 2 minutos nas transições. Ou seja, a natação foi um pouco acima do esperado e a corrida e a bicicleta um pouco abaixo do esperado. O que mais deixou a desejar foi o lugar, 68º em 81 na classificação masculina absoluta (também não houve classificação conjunta). Devo ter saído da natação quase no fim e perdido algum tempo na primeira transição (a estreia do fato limitou-me a velocidade de mudança de sector), depois recuperei lugares mas nem tantos quanto esperava. A natação vai ter que ser melhorada.Por fim, uma análise à prova. O percurso deste triatlo foi o melhor de todos os que participei este ano. Todos os percursos eram próximos, um único parque de transição e toda a prova junto ao rio, o que era bastante atractivo para os espectadores. Por outro lado também era bastante agradável para os triatletas, apenas duas voltas no ciclismo e duas voltas na corrida, tudo plano com pequenas subidas de bicicleta,a utilização de uma fantástica área verde dos dois lados do rio e de uma bonita ponte pedonal.
No entanto, apesar de ser um percurso apelativo, o público quase ignorou a prova. Ao contrário do que aconteceu em todos os Duatlos e Triatlos que participei, poucos aplausos ouvi e pareciam só estar presentes os familiares dos atletas. Muitas pessoas passeavam pelo jardim como fazem todos os domingos de manhã sem se interessarem pela prova.
O maior ruído vinha da campanha autárquica do independente Pina Prata. Um hino cantado por Toy e uma animação constante por um organista. Parecia ser um organista como há muitos por aí, que cantava versões de músicas conhecidas onde encaixava perfeitamente o nome Pina Prata algures na lírica. Aliás, o slogan Agora Sim encaixava perfeitamente no Movimento Perpétuo Associativo dos Deolinda.
Só mais tarde vim a saber que este organista não só era cego como só tinha um braço, o que torna o exercício bem mais difícil.


Tudo teria um final feliz mas não... Pina Prata nem foi eleito Vereador, quanto mais presidente...

1 comentário:

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

E a Meia Maratona Sport Zone? Conta coisas.

Ana Pereira