domingo, 28 de março de 2010

I Duatlo BTT da Póvoa de Varzim

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(foto do Miguel Paiva)

Hoje participei no meu primeiro Duatlo BTT. Encarei-o como um treino e uma forma de moralização após dois passos em falso. Não apontei para nenhum tempo específico. A minha BTT não é grande coisa e o quadro é pequeno demais para a minha altura. Aliás, por esta última razão numa ida a Santiago acabei por ficar em Ponte de Lima ao final da manhã, sem poder mexer as pernas.
Sendo um treino, optei por ir de bicicleta desde casa, aumentando a quilometragem de 20 para 40km. Pouco tempo depois de chegar encontro o Miguel e o seu irmão, o Mark, o João e o Rui, sendo que os três primeiros estavam em estreia mundial em duatlo. Também encontrei o Tiago Maia, colega de treinos na piscina e que acabou por ser o vencedor dos sub-23.
Já tinha rodado bastante em cima da bicicleta e quando comecei a aquecer a corrida notei que era uma semi-transição. As pernas estavam um bocado presas mas não havia de ser nada.
Estava um pouco distraído na altura do tiro de partida, mas depressa comecei a ganhar lugares. O percurso estava um pouco enlameado em algumas zonas o que exigia algumas mudanças de ritmo. O que é certo é que me sentia bem e ia controlando o meu ritmo pelo Miguel Paiva (primeiro) e pelo Rui Pena (depois). Acabei por ultrapassar o Rui e cheguei à transição alguns segundos depois do Miguel, mais ou menos a meio da tabela. Olhei para o relógio e estava na casa dos 19, o que era um bom tempo.
A incógnita começou a seguir, nunca tinha feito uma prova de BTT em linha e provavelmente seria o meu pior sector, ao contrário do habitual. Não ganhei tantos lugares como o costume, mas também não perdi muitos. Mantive-me na média. O Rui passou-me e mostrou que para além de estar em forma sente-se muito à vontade neste terreno e acabei por ultrapassar o Miguel na primeira volta e o Mark na segunda. Apesar disso ambos fizeram uma excelente prova de bicicleta, já que raramente pegam no bicho e não terão perdido mais de 2 minutos para mim, que pego nele todas as semanas.
O percurso era muito técnico mas quase plano, o que não me beneficiava. Nunca fui nenhum malabarista e até jogo demasiado à defesa, prefiro subidas para ganhar tempo. Mas confesso que acaba por saber bem comer tanta lama, tanta água e tanta pedra. A parte pior do percurso era um pântano junto às estufas, que mais parecia o relvado da Luz no último Benfica-Porto.
Cheguei à última transição por volta da 1h18, ou seja, fiz os 20km em pouco menos de 1 hora. Nada de especial mas nada de decepcionante. No último sector, senti inícios de cãibras, fruto do tamanho do quadro. Consegui resistir, passando um atleta e sendo ultrapassado pelo outro.
O tempo final foi de 1:29:08, um 63º lugar, que é o meu melhor lugar de sempre numa prova de duatlo/triatlo. Curiosamente, fiz menos tempo este ano em BTT do que o ano passado em Matosinhos em estrada (1:34:35) o que é de facto um grande salto. Estou confiante nos novos resultados. O resto do pessoal também teve excelentes prestações. O João nos 20 primeiros do norte. O Rui fez abaixo dos 1:25 e o Miguel e o Mark ficaram a apenas 1 minuto de mim. Estou certo que todos se divertiram bastante.
No final, toca a voltar para casa de bicicleta!

quarta-feira, 24 de março de 2010

I Triatlo do Ribatejo




Estava tudo a postos para uma grande prova. Cerca de 300 triatletas em prova, a água a 16º C e centenas de bicicletas num enorme parque de transição. Mas, como me correria esta prova?

(suspense)

Primeiro vamos regressar umas horas atrás. São 8h e toca o despertador em Leiria, na casa da Leonor.
Lembrei-me que na semana anterior houve um grande descuido e quando cheguei ao Duatlo do Cadaval sem me ter inscrito (porque tinha estado na semana anterior em Londres a ver um jogo qualquer de futebol que não me lembro) dei com a porta do secretariado fechada. Parece que não fui o único, infelizmente. A minha participação no primeiro duatlo acabou por não existir.
Desta vez não podia vacilar. Acordei 3 horas antes do início da prova, saí de Leiria pouco mais de meia hora depois e cheguei a Santarém às 9h30 para pousar as minhas sapatilhas no parque de transição. Só que a partida era em Alpiarça, a poucos quilómetros da capital do Ribatejo. Às 9h45 lá saía eu em direcção a Alpiarça. No entanto, a ponte que liga os dois concelhos parece estar sempre longe, dou voltas pelo centro de Santarém e não encontro a estrada, e quando encontro, mais de 20 minutos depois, vejo que está fechada por causa... do triatlo.
Meia volta e o melhor é ir à volta, por um percurso com o dobro da distância, pela auto-estrada, ponte Salgueiro Maia, Almeirim e finalmente Alpiarça. Pelo meio mais enganos e chego à Barragem dos Patudos onde seria a natação 10h30 antes. Felizmente ainda esta tudo aberto, estaciono a bicicleta no parque juntamente com o meu amigo Jorge. Sem tempo para aquecer corro para a água e pronto, a prova estava prestes a iniciar-se. Desta vez nada me impediria de participar.
Com a pressa não pus a barra de medição da frequência cardíaca e ao tiro de partida não tenho tempo para ligar o relógio. Mas a prova começava e não podia esperar.
Senti algumas dificuldades no início. Muitos atletas por todos lados, uns a passar-me por cima, outros passo-lhes eu por cima, água muito turbulenta e dificuldades em acalmar. Durante os primeiros 300 metros foi assim. Não estava a conseguir usar a técnica convenientemente, só conseguia fazer a respiração a cada 2 braçadas e não a cada 3 e o stress que vinha de antes da prova não tinha parado. Só quando chego à primeira bóia, com menos atletas à minha volta e vendo que ainda existiam bastantes para trás é que comecei a melhorar. Alternava a respiração de 2 a 2 braçadas com 3 a 3, ia melhorando a técnica progressivamente e seguindo ao mesmo ritmo dos colegas do lado. Por fim, nos últimos 250 metros senti-me melhor, via a saída da água lá ao fundo e concentro-me finalmente nos meus movimentos. Vou conseguindo ultrapassar alguns nadadores (não muitos) e saio da água muito melhor do que entrei.
Quando chego ao parque de transição vejo muitas bicicletas ainda lá pousadas, o que me moraliza ainda mais. Geralmente a minha bicicleta estava ao lado de mais duas ou três apenas. Saio de bicicleta com força passando alguns atletas. Ao fundo vejo que se poderá formar um grupo e que se eu fizesse um forcing na primeira subida poderia chegar até lá.
A meio desse forcing sou ultrapassado por outro atleta e assusto-me guinando um pouco para o lado, junto à berma. Logo após a guinada ouço PUM! Lá se foi o pneu. Continuo a andar mas percebo que ainda faltam uns 18km e com a jante a bater no chão mais vale desistir.
Foi a minha primeira desistência numa prova desde um Grande Prémio de ciclismo júnior em Valadares (1999). Na natação, pode rasgar-se o fato, a touca ou os óculos que não é suficiente para desistir. No atletismo posso ficar sem sapatilhas que corro na mesma. No ciclismo, basta um furo que... lá se foi a prova.
Paciência.
Fiz 16 minutos na natação, ou seja, tirei cerca de 3 minutos ao meu melhor, e, tendo em conta que só nadei convenientemente nos últimos 250 metros, acho que ainda posso evoluir bastante neste segmento. Talvez descer para os 14 a curto prazo.
Agora resta continuar a treinar. 4 vezes por semana cada sector, esperando que este começo de época atribulado termine.

quinta-feira, 18 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Triatlo do Ribatejo (expectativas)




No próximo domingo realiza-se o III Triatlo do Ribatejo, que será a minha primeira prova de Triatlo este ano, e a primeira competição desde Janeiro. Foram muitas horas na piscina (a grande maioria) e algumas a correr e a andar de bicicleta. Bater o meu recorde na distância sprint (1:21:33 em Coimbra 2009) será o mínimo dos mínimos. Mas quero mais, quero tirar vários minutos ao meu tempo na natação e ter uma prova de ciclismo e corrida ligeiramente melhor. 3 minutos abaixo de Coimbra será para mim uma prestação média e 5 minutos seria bom. Vamos então ver o que me espera.