sábado, 21 de novembro de 2009

Uma questão de peso

Este ano foi um ano atípico em termos de peso. Comecei-o muito pesado porque no ano passado estive mergulhado na tese de mestrado, com pouco tempo para treinar e muito para comer. Acabei por atingir o valor mais alto de sempre, uns gramas acima dos 90 kg.
Em Maio, quando realizei o meu primeiro Triatlo pesava mais ou menos isso, e este era o meu ar, antes de saltar para a piscina da Póvoa.


Na altura o resultado nem foi muito mau, até porque já tinha treinado alguma coisa por essa altura (a tese foi defendida em Fevereiro). O pior foi o que veio mais tarde.
Quando participei no Triatlo de Penacova já pesava menos 2 ou 3 kg (anda pelos 87/88 kg) mas foi a prova que me fez mudar de ideias. Ou sofria assim tanto sempre que fazia um triatlo ou teria mesmo que emagrecer.


E decidi emagrecer fazendo uma coisa muito simples. Comer só sopa ao jantar e deixar de comer porcarias sem necessidade. Obviamente, quando tinha jantares com amigos não comia só uma sopinha, foi apenas em casa e à semana, nada de rigores excessivos.
E foi assim que tudo mudou. Com o aumento e o planeamento de treino em Agosto e esta semi-dieta, cheguei a Raiva, 15 dias depois já com menos 3kg (84/85 kg). E os resultados e a imagem já eram bem diferentes.



Nos restantes meses continuei a dieta e os treinos seguiram como no post anterior. A balança ia-me dando moral e passar a barreira dos 80 kg foi um marco importante. No Triatlo de Coimbra já estava nos 77 kg e, uma vez mais, os tempos subiam exponencialmente.


Como podem ver na direita, hoje estou nos 75,1 kg, algo que não acontecia desde os meus 17 anos. É como se deixasse de carregar às costas 3 garrafões de água e as diferenças nos tempos fazem-se sentir. Posso até nem estar em forma, mas acabo por correr mais.
Curiosamente (e não foi de propósito), já não como uma francesinha desde o início desta redução de peso. Hoje vou comer uma e não vou ter medo nenhum.
Mas ainda não é um objectivo cumprido. Agora quero estabilizar o peso nos 70 kg e ter uma nova época repleta de recordes.

P.S.: Não, não me drunfei.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Treinos Agosto - Outubro

Entre o início de férias na primeira semana de Agosto e a Meia-Maratona do Porto passaram-se 11 semanas de treino intensivo. Tinha feito o Triatlo de Penacova e percebido a necessidade de melhorar. O objectivo para Agosto era fazer 4 semanas de treino: As primeiras 3 com um aumento de intensidade e a quarta de redução. Entre a terceira e quarta estava o ponto alto do mês (subida à Torre).
Em Setembro tinha uma viagem a Londres (de quinta-feira da 2ª semana a terça-feira da 3ª semana), pelo que não seria possível fazer um mesociclo semelhante. Optei por fazer 2 semanas com uma terceira de descanso. Nas restantes 4 semanas até à Meia Maratona o objectivo era fazer o mesmo que em Agosto mas acabei por não conseguir.
Enquanto que quando se está de férias e com treinos entre as 8-10h é fácil disciplinar e cumprir o próprio programa, em dias de trabalho, com cargas de treino superiores, piores condições atmosféricas, dias mais curtos, 2 jogos de futsal por semana e um Triatlo pelo meio (que era mais importante que a Meia Maratona em termos pessoais) os objectivos não foram cumpridos.
Fiz uma semana de intensidade e duração de treino muito elevada logo após Londres (10h30 entre quarta e domingo) e no início da semana seguinte senti-me cansado e com necessidade de abrandar um pouco para estar a 100% no Triatlo. Na semana seguinte voltei a reduzir para recuperar entre Triatlo e Meia Maratona e por fim, na 11ª semana voltei a aumentar um pouco fazendo cerca de 9h30 (no qual se inclui a Meia Maratona. No gráfico seguinte apresenta-se a evolução das semanas de treino.



Passando agora para uma análise semana a semana, devo dizer que em Agosto todos os treinos foram feitos com Monitor de Frequência Cardíaca (MFC) permitindo assim uma análise mais detalhada. Em Setembro com os jogos de futsal já não consegui controlar tão bem o número de horas pelas diferentes zonas. Vamos então analisar as primeiras cinco semanas.

1ª Semana

A primeira semana incluía, desde logo o Triatlo de Raiva. Deste modo, a maior parte do treino foi feito entre as 70% e as 80% da frequência cardíaca máxima. A única excepção foram dois treinos intervalados (um de corrida e um de spinning) e a prova em si. Acabei por estar quase tanto entre os 80% e os 90% do que entre os 70% e os 80%.


2ª Semana

Na segunda semana não tive nenhuma prova e apenas subi a Assunção em bicicleta por isso foi a semana mais certinha. Voltei a fazer 2 treinos intervalados e a grande maioria do tempo foi passada entre os 70% e os 80%. A necessidade de emagrecer era óbvio (sobre isso vou falar brevemente).

3ª Semana

A terceira semana incluiu uma subida à Sra. da Graça e nenhum treino intervalado. Aliás, os únicos momentos que ultrapassei os 80% foi nessa subida, onde acabei por bater o meu recorde pessoas.


4ª Semana

A 4ª semana era de redução das cargas e recuperação. No entanto, acabou por ser nesta a Subida à Torre (logo na 2ª feira). Isto explica os altos valores entre os 80% e os 90%. Não houve, uma vez mais nenhum treino intervalado.


5ª Semana


A 5ª semana já foi te trabalho, mas tal como na semana seguinte consegui cumprir à risca o planeamento. Voltei a fazer um treino intervalado e continuei a apontar na maior parte dos treinos para os 70% e os 80% para continuar a perder uns quilitos.



Esta foi a análise possível a algumas das semanas mais intensas de treino que tive. Foi um período em que tentei ser o mais disciplinado possível e os resultados apareceram. Bati todos os recordes pessoais que podia bater (Sra. da Assunção, Sra. da Graça, Torre, Triatlo Sprint e Meia Maratona) e senti-me no final no auge da forma. Consegui baixar dos 87 kg para os 77kg nestes dias. Mas sobre isso vai ser o próximo post.

Não sei se terá sido o melhor treino possível e gostava de saber a vossa opinião. Onde posso melhorar?